CLONAGEM DE PLACAS DE VEÍCULOS ESTÁ NA MIRA DA POLÍCIA
FOTO DO SITE DO
SINDICATO DA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL (SINPOLDF) www.sinpoldf.com.br
A Polícia Civil do Distrito
Federal (PCDF) auxiliada, pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimonias
(CORPATRI) lançou, nessa terça-feira, (30/07), a Operação Cards. O objetivo era
cumprir, 20 mandatos de busca, apreensão e prisões de meliantes envolvidos na venda
de placas e lacres falsos de veículos. Os fatos aconteceram em Taguatinga,
Paranoá, Gama, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Plano Piloto, Águas
Claras e Recanto das Emas. 20 pessoas foram presas, elas estavam envolvidas nos
crimes de uso indevido de símbolo público, adulteração de sinal identificador
de veículo, exploração ilegal de atividade econômica e associação criminosa.
Segundo a Polícia Civil, “em 2018, o
ano passado foram registradas pelo menos 2,8 mil ocorrências envolvendo
veículos clonados. Em 2019, os registros têm acompanhado a mesma tendência
estatística. Esse resultado deve-se à facilidade na obtenção de placas e lacres
falsos, o que dificulta o trabalho repressivo de roubos e furtos de veículos.
Isso porque a criminalidade tem adotado um modus operandi sofisticado, explica
o delegado e coordenador da Corpatri, André Costa Leite. “Ao saírem para
roubar, os criminosos já levam placas clonadas, efetuando a troca imediata logo
após a subtração dos carros, dificultando, sobremaneira, o trabalho
investigativo de localização e recuperação dos bens””.
O delegado André Costa Leite explicou
que, após a clonagem, os veículos são vendidos a terceiros de boa-fé, e usados
em outros crimes ou remetidos para o exterior para troca por armas e drogas.
Por sua vez, o cidadão que tem a placa copiada acaba submetido a uma série de
problemas, pois passa a receber multas e pontos em sua Carteira Nacional de
Habilitação CNH referentes a infrações de trânsito que não cometeu. O policial
explica, “ele pode também acabar como suspeito de crimes cometidos com o carro
clonado, gerando constante dever de explicação às autoridades”.
Apurou-se que a Polícia Civil do Distrito
Federal (PCDF) localizou, a existência de um comércio paralelo, lá, vários
meliantes encomendam, placas de diversas formas. A maioria dos pedidos é feita,
via aplicativos como próprio whatsapp e os emplacamentos ilegais feitos no meio
da rua, de forma indiscriminada. “Os
criminosos vendiam placas não só do DF, mas também recebiam encomendas de
outros estados, como Bahia e São Paulo. Cobrava-se em média R$ 250 para o kit
placa traseira, dianteira e lacre. A ousadia era tanta que alguns desses
indivíduos, além de fornecer a ladrões de carro, possuíam “lojas” na frente dos
locais oficiais de emplacamento para prospectar parte da população desavisada”,
ressaltou André Leite.
O policial concluiu dizendo que, “a
autorização para emissão de placas e o serviço de emplacamento é uma atividade
privativa do Poder Público. Esse serviço é essencial ao controle da frota e
segurança viária, sendo também elemento importante de fiscalização, pois
permite aos órgãos de Segurança Pública a identificação de produtos de crime”.
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