SINPOL/DF COBRA DO GOVERNADOR
O ENVIO DA MENSAGEM AO MPOG
"Presidente do Sinpol-DF reiterou promessas do governador com a categoria, ao cobrar envio da mensagem" (Fotos: Paulo Cabral/Sinpol-DF)
O Sindicato
dos Policiais Civis do Distrito Federal (SIPOL/DF) (FOTO) cobrou hoje, (27/06),
mais uma vez do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, o envio da
mensagem que mantém a isonomia com a Polícia Federal (PF) ao Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Em uma reunião no Palácio do Buriti na
manhã desta segunda, 27, o presidente do Sindicato, Rodrigo Franco “Gaúcho”,
lembrou das promessas que o governador fez à categoria e cobrou celeridade na
tramitação do documento.
Secretário
geral do Sinpol/DF fez explanação sobre a defasagem salarial da categoria. “O
senhor se comprometeu com a categoria a manter esse vínculo legal e histórico.
Nós já temos os parâmetros da proposta de recomposição das perdas salariais que
o MPOG apresentou aos policiais federais. Não entendemos porque a mensagem
ainda não foi enviada. O clima na categoria é tenso e o rompimento do seu
compromisso irá piorar a situação”, disse Gaúcho.
O
presidente do Sinpol/DF explicou, ainda, que o envio imediato da mensagem
garante que os policiais sejam incluídos nas minutas que o MPOG enviará à Casa
Civil e que, depois, serão encaminhadas ao Congresso Nacional para aprovação. “Se
a mensagem do GDF for diretamente para a Casa Civil, terá que voltar ao MPOG
para ter um parecer e isso vai atrasar. Os acordos precisam tramitar juntos. Há
uma grande expectativa dos policiais civis com isso”, reiterou Gaúcho.
DEFASAGEM
Ele
voltou a mencionar que, tanto no âmbito federal quanto no distrital, os
policiais civis ficaram de fora da reestruturação das carreiras do serviço
público. Isso culminou com perdas salariais de mais de 50% de 2009 até hoje. A
inflação acumulada nesse período, contudo, foi de 61% e o último reajuste para
a categoria foi de 15% divididos em três anos. “Isso tem nos trazido grandes
problemas, principalmente desmotivação. Somos uma polícia que bate recordes de
apreensões, prisões e operações. Temos trabalhado com uma insatisfação que se
reflete na nossa saúde e na nossa família”, lamentou o presidente do Sinpol/DF.
Em
complemento ao posicionamento de Gaúcho, o secretário geral do Sindicato, Paulo
Sousa, lembrou que o acordo feito com os policiais federais não corrige as
perdas acumuladas nos últimos sete anos e manterá o cenário de defasagem. “A
previsão de inflação até 2019 está em 90,15%. Vamos chegar lá com uma defasagem
salarial de 47 a 55%”, projetou. Paulo destacou, ainda, que todas as carreiras
já reestruturadas têm ganhos acima dos policiais civis. “O salário do policial
civil custeia tudo, pois não temos nem mesmo um plano de saúde. Nós merecemos
repor essas perdas. Os policiais civis têm feito um excelente trabalho,
cumprindo com o papel que lhes cabe”, reforçou.
TENSIONAMENTO
O
envio da mensagem foi defendido, ainda, pelos deputados distritais Wasny de Roure
(PT) e Cláudio Abrantes (Rede). O deputado Wellington Luiz (PMDB) também
participou da reunião, além do presidente e do vice-presidente do Sinpo-DF,
Benito Tiezzi e José Werick, respectivamente, do diretor-geral ajdunto da PCDF,
Cícero Vasconcelos, e da diretora de Gestão de Pessoas da instituição, Ivone
Rosseto. Cláudio
Abrantes destacou que a recomposição do efetivo e a isonomia com a PF são,
hoje, os pontos cruciais da PCDF. Ele relatou que tem ouvido muitas indagações
de policiais civis por onde passa, o que aponta para a grande ansiedade que a
categoria tem por uma posição do governo. “Estamos preocupados, pois temos sido
cobrados e precisamos de uma resposta. A mensagem é uma mera formalidade. Não
consigo entender como isso não avança. Reforço, encarecidamente, o pedido (pelo
envio da mensagem)”, disse o deputado.
O
apelo foi reforçado por Wasny de Roure. Ele disse, inclusive, que tem
acompanhado a simulação de crescimento do Fundo Constitucional para o ano que
vem. A estimativa é de que o volume de recursos seja reajustado em um
percentual que varia de 7,5% a 8%. “Os recursos tendem a deixar a situação mais
confortável para a Segurança Pública. É preciso que as tratativas ocorram para
transmitir tranqüilidade os policiais. O clima é muito ruim”, reforçou Wasny. O
deputado Wellington Luiz disse que não é preciso esperar mais para enviar a
mensagem, pois a proposta apresentada à PF já está definida. “A isonomia é um
direito cristalino e histórico. O encaminhamento do acordo da PF para a Casa Civil
está próximo e não podemos esperar”, acrescentou.
CAUTELA
Ainda
com toda a argumentação do Sinpol-DF e dos deputados, o governador Rodrigo
Rollemberg resiste em traçar uma data para enviar a mensagem ao MPOG. Mesmo
sendo lembrado do compromisso firmado com a categoria em outras ocasiões, o
governador colocou mais condições a frente desse que é o mais urgente pleito
dos policiais civis do Distrito Federal. “Há um ambiente de incertezas. Uma
manifestação minha em um momento de crise vai ter uma repercussão negativa”,
afirmou. Rollemberg voltou a colocar a situação financeira da administração
pública como empecilho e insistiu na tese de que uma proposta de recuperação
das perdas salariais pode, indiretamente, ter impacto na Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF).
O
governador ainda citou um processo do Tribunal de Contas da União (TCU) que, se
julgado procedente, pode remeter à União o recolhimento da contribuição
previdenciária dos servidores pagos com o Fundo Constitucional. Isso resultaria
em R$ 400 milhões por ano. “É uma questão extremamente delicada”, disse. Rollemberg
alegou ainda que a área técnica do MPOG também tem apresentado resistência e
que o ministério está em processo de reestruturação por causa da mudança de
governo. “Estou disposto a continuar essa conversa. Vamos manter o diálogo
aberto. Nesse momento, precisamos de cautela. Comprometo-me a marcarmos nova
reunião em até 03 semanas”, concluiu.
MOBILIZAÇÃO
Logo
em seguida à reunião com o governador, a diretoria do Sinpol/DF se reuniu na
sede do Sindicato. A avaliação é de que o cenário é muito ruim e será preciso
que a categoria reforce a mobilização das últimas semanas. Foi decidido que
haverá uma reunião de Representantes Sindicais e de dirigentes de entidades
representativas para esta terça-feira, (28/06), às 13h30minun, na Asa Norte. Na
ocasião serão repassadas as informações sobre a reunião com o GDF e serão
traçadas estratégias de ação da categoria, como campanhas publicitárias,
operação “Polícia Legal”, local da próxima assembléia, atribuições e assuntos
gerais.
A
polícia de Brasília está morrendo, porque não tem efetivo, não tem gente para
trabalhar na luta do combate ao submundo do crime e sendo assim, ela torna-se
deficiente. Era só o que faltava acontecer na polícia do Planalto Central, a
falta de higiene dentro das delegacias, os ratos, as baratas e o mosquito da
dengue ameaçando a saúde dos policiais. O secretário de Segurança Pública de
Brasília, Erica Seba e o governador Rodrigo Rollemberg têm que tomarem
providências enérgicas e rápidas. Mas, o
governador Rodrigo Rollemberg só sabe dizer que não tem dinheiro e culpar o
governo anterior.
Eu não tenho partido, não tenho
compromisso com político nenhum, não
estou aqui para crucificar e nem bajular ninguém. Mas até quando Rodrigo
Rollemberg vai continuar dizendo que o caixa do Governo do Distrito Federal
(GDF) está vazio e culpando Agnelo Queiroz, por todos os problemas do Planalto
Central? Eu penso que essa atitude de Rollemberg, só faz ele confirmar e
admitir perante a sociedade, o seu diploma de incompetência geral. Enquanto
isso, o caldeirão do diabo continua fervendo na capital do Brasil e o povo
sofrendo sem ter ninguém para pedir socorro.
FONTE DAS INFORMAÇÕES: www. sinpoldf.com.br/