CASO MÁRIO EUGÊNIO, O GOGÓ DAS SETE COMPLETA 39 ANOS
FOTOS
DO MEU ARQUIVO JORNALÍSTICO PESSOAL
Nesse
próximo sábado, (11/11) completa-se e Brasília lamentavelmente recorda, os 39 anos do extermínio do repórter policial, Mário Eugênio Rafael de Oliveira 31
anos de idade (FOTOS). Marão era funcionário do jornal Correio Braziliense e da
hoje extinta, Rádio Planalto AM, 890khz. Como nós já sabemos, ele foi fuzilado
na porta da emissora, no Setor de Rádio e TV Sul no Centro de Brasília. A barbárie
aconteceu, às 23 horas e 50 minutos do domingo, 11 de novembro de 1.984, após
Marão ter gravado, o seu programa, Gogó das Sete. Naquela época, o Brasil
anunciou, as suas Diretas Já, que eram um protesto popular e alforria contra,
os 30 anos de uma Ditatura Militar, “Anos de Chumbo”. Ali imperava-se, uma
censura rigorosíssima, uma verdadeira lei da amordaça.
Mário Eugênio, o principal repórter policial do Distrito
Federal era um líder de audiência. Ele dominava, a cidade das 07 até às 08
horas da manhã, de segunda à sábado, nas ondas da Planalto AM com o seu
programa e apelido, Gogó das Sete. O jornalista com a sua franqueza total
conquistou, o amor e o ódio da população brasiliense. Essa contradição vinha
principalmente, por parte da bandidagem, da polícia e da Secretaria de
Segurança Pública. Mas o Gogó era decisivo, sério, atrevido, não tinha medo de
nada e nem de ninguém.
MARCADO PARA MORRER
Era 29 de abril de 1983, quando Mário
Eugênio denunciou, o envolvimento do delegado da Polícia Civil do Distrito
Federal (PCDF), Roberto Barroso, em homossexualismo. A resposta do policial foi
rápida, decisiva e rasteira. Furioso Roberto Barroso fuzilou, a traseira do
carro do repórter, um Monza Hatch branco, rebaixado e de placas BB 7777 do
Distrito Federal. Início de 1984, Marão descobriu, um Esquadrão da Morte ou
“Esquadrão da Escopeta” dentro da Polícia Civil.
A
máfia era chefiada, pelo coronel do Exército e secretário de Segurança Pública
de Brasília, Lauro Rieth. Ele era inimigo mortal do repórter e o perseguiu até
o fim da sua vida. Mário Eugênio passou, o ano de 1984 denunciando, os crimes
do Esquadrão da Morte, no Correio Braziliense e na Rádio Planalto AM. A corja
de policiais bandidos, sem escrúpulos armou, uma emboscada e o fuzilaram na
porta da emissora impiedosamente.
AS HOMENAGENS AO GOGÓ
DAS SETE
Desde
a época de sua morte, o repórter policial da Rádio Planalto AM e do Correio
Braziliense vem inspirando alguns artistas de Brasília. O Gogó das Sete vem
sendo tema, pauta de reportagens, cordel, poesia, música e livro bibliográfico.
Sem dúvidas, eu faço parte desse grupo de pessoas que prestam tributos
carinhosos e verdadeiros ao Marão. Eu já escrevi, a sua biografia e ela foi o
meu trabalho de conclusão de curso de Comunicação Social, “Jornalismo”, na
Universidade Católica de Brasília, no 1º Semestre de 2009.
O livro Mário Eugênio, O Gogó das Sete
é campeão de vendas, ele encontra-se na sua 2ª Edição e sucesso total, por onde
ele passa aqui em Brasília. Essa minha obra já esteve presente, na Semana de
Pentecostes, Feira do Livro e Bienal daqui do Distrito Federal. Mário Eugênio,
O Gogó das Sete também, já marcou a sua presença, na Papelaria Risk da Avenida
Comercial Norte de Taguatinga, Livraria Leitura do Taguatinga Shopping e
Livraria Cultura do Park Shopping no Guará.
A MINHA ADMIRAÇÃO
Eu nunca escondi de ninguém, a minha
imensa admiração ao saudoso, querido e inesquecível, Mário Eugênio, O Gogó das
Sete. Quem me conhece e tem amizade comigo sabe muito bem dessa pura verdade. Quando
aqui em Brasília, ainda existia, a nossa querida e amada Rádio Planalto AM 890
khz, eu sempre ia lá. Todos os anos, eu também ia visitar, o seu túmulo aqui no
cemitério, Campo da Esperança na Avenida Asa Sul, no Centro de Brasília. Mas
hoje, devido a minha dificuldade de locomoção motora ter piorado ficou, quase
impossível, eu visitar, o seu jazigo. Mesmo assim, sempre que posso, eu peço
missas em intenção de sua alma, na minha
igreja, na Paróquia São Pedro de Taguatinga Sul. O toque do meu celular, sem dúvidas é o Mário
Eugênio falando e não podia ser, outra sonora diferente dessa.
Amanhã é sábado, 11 de novembro, dia em que lamentavelmente
recorda-se, os 38 anos do seu extermínio desumano, estúpido e covarde. Como os
meus queridos e amados leitores sabem, o nosso noticiário é de segunda a
sexta-feira. Por esse motivo, eu jamais poderia fechar, a edição do Plantão de
Polícia, Heron Notícias de hoje, sem prestar e registrar aqui, essa homenagem
ao querido e amado, Mário Eugênio, o Gogó das Sete.
Apesar de
um fato antigo, a sua morte também é um episódio atual, uma prova de que aqui
no Brasil é crime com pena de morte ser honesto e falar, a verdade. Se o Marão
fosse um canalha, ele estaria vivo até hoje, sendo idolatrado chamado de mito,
pelo povo, como muitos, por aí na sociedade hipócrita e sem escrúpulos.
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