POLÍCIA FEDERAL DETONA MÁFIA EXPLORADORA
DE MADEIRA EM TERRA INDÍGINA
A Polícia Federal (PF) realizou hoje, (05/08),
a 2ª fase da Operação SOS Karipuna, em Porto Velho Rondônia. O intuito foi prender
os proprietários de fato das empresas investigadas, tidos como principais
lideranças da organização criminosa, e outras pessoas responsáveis pelo esquema
de desmatamento ilegal. Tratava-se da continuação das ações ostensivas
iniciadas em 17 de junho de 2019, visando ao combate da organização criminosa
dedicada à exploração ilegal de madeira (FOTO) do interior da Terra Indígena
KARIPUNA. Foram cumpridos 4 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de
busca e apreensão, expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Porto Velho/RO.
Além dos mandados de busca e prisão, a Justiça Federal determinou o afastamento
dos sigilos bancários e fiscais de vários envolvidos, além do bloqueio de
valores superiores a R$ 46 milhões, mensurado com base no valor dos danos
causados àTerra Indígena.
Segundo a PF, “as investigações
apontam para a existência de um grupo de pessoas físicas e jurídicas, no
Distrito de União Bandeirantes no Porto Velho (RO). A quadrilha estava envolvidas
na inserção de dados falsos nos sistemas informatizados de controles de cadeia
de exploração de produtos de origem florestal, com exploração ilegal de
madeireira no interior da Terra Indígena KARIPUNA”. A Polícia Federal contou
ainda que, “a máfia funciona com divisão de tarefas pertinentes a cada etapa da
exploração de madeira in natura (em tora), por meio de derrubadas de
árvores/toras advindas da TI KARIPUNA e transporte delas até os pátios e
empresas/indústrias de beneficiamento para desdobro, com consequente
comercialização para diversos lugares a partir do Distrito de União
Bandeirantes, sendo sempre amparada por rede de comunicação criminosa. Assim,
as fraudes detectadas no SISDOF, com geração de saldos/créditos virtuais fictícios,
eram realizadas para lastrear e subsidiar essas atividades”.
A partir das análises dos depoimentos
dos investigados e dos materiais apreendidos durante a deflagração da primeira
fase da operação e da continuidade dos trabalhos investigativos em conjunto com
a Força Tarefa Amazônia, do Ministério Público Federal de Porto Velho/RO, foi
possível constatar que quase a totalidade das pessoas físicas integrantes dos
quadros societários das empresas investigadas não teriam lastro financeiro para
integralização de capital social nas empresas, o que indica que se tratam de
terceiros utilizados apenas para a constituição das empresas (“laranjas”).
A Polícia Federal disse ainda que, “os
investigados responderão pelos crimes de furto qualificado, estelionato,
receptação qualificada, quadrilha, uso de documento falso, desmatamento de
floresta pública, invasão de terras públicas e lavagem de bens e capitais,
cujas penas máximas ultrapassam 60 anos de prisão”. Os agentes responsáveis pela
2ª fase da Operação SOS Karipuna explicaram que, “os presos, após interrogados,
serão encaminhados para o sistema prisional estadual em Porto Velho/RO, onde
permanecerão à disposição da Justiça Federal”. Mais informações na Comunicação
Social da Polícia Federal em Rondônia/RO, pelo telefone: (69) 3216-62-42.
FONTE DAS
INFORMAÇÕES: www.pf.gov.br
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