Páginas

segunda-feira, 30 de setembro de 2019


POLÍCIA CIVIL CUMPRE MADADOS DE PRISÕES EM BRASÍLIA


          FOTOS DO SITE DA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL (PCDF): www.pcdf.df.gov.br


  Na manhã dessa segunda-feira, (30/09), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (CORPATRI) deflagrou, a Operação Rota da Seda (FOTOS). Foram cumpridos 120 mandados de prisão preventiva, prisão temporária, buscas e apreensões, assim como interdições de lojas em três estados:  DF, SP e GO  e sete cidades: Campinas, Valinhos, Hortolândia, Indaiatuba, Brasília, Goiânia e Águas Lindas. Foram presas 14 pessoas em Brasília, oito em São Paulo e três em Goiânia. Tratava-se de uma das maiores operações policiais da história da PCDF, com a participação de cerca de 450 policiais, três aeronaves e cem viaturas. A ação foi deflagrada de forma conjunta com a Secretaria de Economia do Distrito Federal que destacou 18 auditores fiscais para compor as equipes e efetuar as devidas autuações administrativas.

    Segundo a Polícia Civil, “o objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa especializada no roubo de veículos, desmanche e remessa das partes para revenda em outros estados, em especial, lojas de autopeças, localizadas no setor H. Norte de Taguatinga. Nesse local, 20 lojas foram interditadas”. Os policiais explicaram que, “foi apurado que a organização criminosa já teria enviado ao DF, na última década, pelo menos dois mil carros cortados. A operação foi batizada de Rota da Seda em alusão às diversas rotas comerciais que, na Antiguidade, se originavam na Ásia e faziam chegar aos europeus diversos produtos sem que eles soubessem a que preço isso acontecia”. O coordenador da Corpatri, delegado André Luís da Costa e Leite disse que, “a investigação demonstrou que os veículos eram subtraídos em Campinas/SP e adjacências, cortados em galpões gigantes e imediatamente remetidos às lojas do DF. Era uma verdadeira indústria de roubo/furto de carros e desmanches. Pelo menos seis caminhões diferentes eram usados no transporte das peças. Cada caminhão comportava, em média, dez veículos cortados. Eles chegavam a transcorrer o percurso DF-GO-SP até três vezes na semana, indicando, portanto, um volume alto de carros roubados que eram inseridos no mercado de autopeças”.
     
    Para ludibriar a fiscalização rodoviária, eram emitidas notas fiscais frias. Todos os números de identificação do chassi também eram suprimidos, impedindo que fosse possível identificar e vincular as peças transportadas a ocorrências de roubos/furtos em SP. Durante a investigação, um desses caminhões acabou sendo apreendido e toda sua carga retirada. Nessa oportunidade, foi possível montar, como um quebra cabeça, no pátio do Instituto de Criminalística dez carros completos – quatro portas, capô, tampa traseira, teto, para-choques, paralamas, faróis, lanternas, espelhos e toda parte de acabamento e mecânica. Os criminosos chegavam a enviar as baterias dos carros e até mesmo os extintores de incêndio que vinham ainda carregados.Ao chegarem ao DF, as peças eram pulverizadas em dezenas de lojas que as inseriam no mercado também pela emissão de notas falsas, fazendo girar uma imensa máquina de lavagem de dinheiro e uma série de fraudes tributárias.
          
     O policial contou que, “ao roubar/furtar veículos em uma unidade da federação e remetê-los para outra, a organização criminosa conseguia ficar fora do radar das autoridades locais. No mesmo giro, a emissão de notas falsas camuflava ainda mais a operação, razão pela qual o esquema conseguiu funcionar por tanto tempo sem ser descoberto”. Para o delegado, “ficou comprovado que, pelo menos, 95% das lojas do DF se encontram atuando fora da legislação vigente (lei n. 12.977/16) que exige uma série de condicionantes para autorização de funcionamento. Também ficou claro que, direta ou indiretamente, a grande massa de lojas do DF está vendendo peças de carros roubados/furtados não só no DF, como também em outros estados. As investigações, agora, avançam para desvendar outras rotas ilegais de transporte de peças e prisão de mais lojistas que também se encontram envolvidos”.
    Todos os indiciados irão responder por organização criminosa, roubo qualificado, receptação qualificada, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e fraude tributária. As penas máximas somadas podem ultrapassar os 30 anos de prisão. As lojas dos criminosos foram interditadas e todos os estoques de peças sem procedência serão apreendidos para futuro perdimento. Também houve, a decretação de amplo bloqueio patrimonial, havendo congelamento de contas bancárias, registro de imóveis e carros. Os presos em outros estados foram imediatamente recambiados ao DF e se encontram à disposição da 2ª Vara Criminal de Taguatinga. "Queremos mandar uma mensagem clara, não só aos maus empresários do DF, mas também aos criminosos de outros estados. A PCDF não irá tolerar a zona de livre comércio de peças roubadas estabelecida no setor H Norte em Taguatinga. Demonstramos que nossa força técnica e operacional é capaz de buscar qualquer um em qualquer ponto do território nacional. Enviar peças roubadas ao DF não é mais um bom negócio", afirma o coordenador da Corpatri, delegado André Luís da Costa e Leite.


          FONTE DAS INFORMAÇÕES: www.pcdf.df.gov.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário