POLÍCIA CIVIL DE BRASÍLIA RETOMA O COMANDO DO PRESÍDIO DE ALCAÇUZ




Cinco
agentes policiais de custódia (FOTO) foram de Brasília para o Rio Grande do
Norte, onde coordenaram a retomada do presídio de Alcaçuz. Eles saíram nessa quarta-feira,
(01/02), para fazem parte da Força Tarefa de Intervenção Prisional (FTIP) e já
atuaram em quase 20 estados, dando o suporte para o controle de rebeliões e
capacitando os servidores locais para que exerçam o domínio adequado das
penitenciárias. Em
uma ação que durou 15 minutos, foram recolhidas armas, munições e celulares. Desde
que chegaram, na semana passada, à cidade de Nísia Floresta, localizada na
região metropolitana de Natal, o grupo, formado por 78 agentes de todo o país,
já realizou duas grandes intervenções em Alcaçuz.
OPERAÇÃO
Na
última quinta-feira, (26/01), em uma ação que durou cerca de 15 minutos, a
força tarefa recolheu mais de 500 armas, incluindo 12 armas de fogo, e cerca de
50 celulares (FOTO). Ação do grupo se estenderá até que todo o presídio volte a
ficar sob controle do Estado. Segundo Luís Mauro Araújo, agente policial de
custódia do DF e coordenador da FTIP, somente nesse dia 111 presos foram
autuados por crimes como dano ao patrimônio público, porte de arma, formação de
quadrilha, associação criminosa, apologia ao crime, incêndio criminoso,
desacato, entre outros.
“Quando
o Estado abandona o preso, ele fica subordinado ao crime, e acaba se associando
às organizações criminosas, porque, se não fizer, acaba morto. É inadmissível
um preso morrer sob a tutela do Estado”, opina Luís Mauro. “Eles se tornam
verdadeiros escravos do crime e, além de serem forçados a fazerem coisas
absurdas, capitalizam essas facções. Por isso, é importante que os governos
entendam que combatendo o crime organizado dentro da cadeia, consegue-se a
diminuição da criminalidade nas ruas também”, acrescenta o agente policial de
custódia.
CAPACITAÇÃO
Na última segunda-feira, (30/01), os
blocos 04 e 05, dominados pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital
(PCC), foram completamente retomados. Nas próximas semanas, deverão ser
realizadas novas intervenções, até que todo o presídio retorne ao controle do
Estado. A partir de então, será realizado um trabalho de capacitação dos
agentes de atividades penitenciárias(FOTO). O propósito é aperfeiçoar a atuação
desses servidores, de acordo com a doutrina de rotinas carcerárias
desenvolvida, há cerca de 15 anos, pelo próprio Luís Mauro junto com outros
agentes policiais de custódia.
O grupo já atuou em dezenas de
presídios de todo país com o objetivo de retomar a ordem e estabelecer, nesses
locais, os devidos procedimentos. Eles chegaram, inclusive, a capacitar também
o Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP), agrupamento de operações
especiais de Portugal. “Com o treinamento dos agentes, nosso objetivo é fazer
com que eles estejam aptos a trabalhar dentro da legalidade e seguindo
procedimentos rígidos para que a cadeia não seja perdida novamente”, explica o
coordenador do FTIP. Mauro observa ainda que, além de capacitar os servidores,
a força tarefa também atua juntos aos governos fazendo recomendações para que
estrutura do local seja adequada e os agentes sejam devidamente equipados.
FONTE DAS
INFORMAÇÕES: www.sinpoldf.com.br
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