DIRETORIA E REPRESENTANTES
SINDICAIS DISCUTEM DEMANDAS DOS POLICIAIS CIVIS
A
diretoria do Sindicato dos Policiais do Distrito Federal (SINPOL/DF) (FOTO) e
os representantes sindicais reuniram-se mais uma vez nesta segunda-feira, (23/11),
para discutir as ações desenvolvidas pelo sindicato nas últimas semanas, além
de ouvir as demandas e sugestões dos policiais civis. O primeiro ponto
refere-se à cessão de 115 agentes policiais de custódia à Subsecretaria do
Sistema Penitenciário (Sesipe). Embora o sindicato tenha mantido a posição de
não concordar com a transferência, o acordo foi costurado entre a Direção-Geral
da Polícia Civil do DF (PCDF) e a Sesipe.
“Temos
quatro mil cargos vagos. Não há por que a PCDF ceder mão de obra que poderia
ser utilizada na própria polícia. Vamos lutar com todas as ferramentas que
tivermos para impedir isso”, explicou Rodrigo Franco, o Gaúcho, presidente do
Sinpol/DF. Embora já haja uma primeira decisão favorável à transferência, o
Sindicato já acionou o escritório de advocacia que presta assessoria jurídica
para ingressar com um recurso. “Essa cessão prejudicará a todos. Os agentes
policiais de custódia já estão sobrecarregados. A lei que renomeia o cargo já
diz que eles são da PCDF, ela precisa ser cumprida”, reforça Gaúcho.
Para
discutir as medidas a serem adotadas, o Sinpol/DF convocará uma assembléia para
esta quarta, 25, às 14h30 , no Parque da Cidade. “Esse é um assunto que
interessa a todos os policiais, pois se houver a transferência, é possível que
queiram tirar agentes de polícia das delegacias e levá-los à carceragem. O que
já está ruim, tende a piorar”, prenuncia o presidente do sindicato.
OPERAÇÃO VIDA
Gaúcho,
que na reunião estava acompanhado pelo diretor de Relações Sindicais adjunto,
Fernando Ferreira, e pela primeira Secretária, Celma Lima, discutiu, ainda, a
reunião com os plantonistas ocorrida na última sexta, (20/11). Ele lembrou das
duas fases da Operação Vida, deflagrada pela categoria nos meses passados, e
ressaltou a necessidade de deliberação por uma terceira fase, esse também é um
dos pontos da pauta da assembléia de quarta. “A situação tem se agravado. Já
enviamos, sistematicamente, ofícios à Direção da PCDF, mas ficamos sem
resposta. Vamos ajuizar uma ação para receber um posicionamento oficial”,
anunciou Gaúcho.
Ele
acrescentou que já assinou dois ofícios que foram encaminhados hoje, ao
Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Organização Internacional do Trabalho
(OIT), denunciando a situação das más condições de trabalho na PCDF. Alguns
representantes que participaram da reunião informaram que há delegacias sem
policiais no expediente, pois todos estão no plantão. Isso demonstra a
gravidade do déficit do efetivo no trabalho realizado pelos policiais. “A
solução é nomear mais policiais”, lembrou o presidente do SINPOL/DF.
NEGOCIAÇÕES SALARIAIS
Ainda
durante a reunião, os representantes foram inteirados sobre o andamento das
negociações salariais entre a Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF)
e do prosseguimento das tratativas entre o Sinpol-DF e o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), informando ainda que há uma reunião
agendada para a próxima sexta-feira, (27/11), onde serão discutidas as
propostas para a categoria. A diretoria trouxe informações sobre a conclusão do
Grupo de Trabalho (GT) para a redefinição das atribuições, cujas atividades
serão concluídas nessa terça-feira, (24/11), e sobre o GT que tratará do
concurso de remoções, que se iniciará na próxima quinta-feira, 26 de novembro.
Também
nesta terça-feira, (24/11), haverá, na Câmara Legislativa do DF (CLDF), uma sessão na
Comissão de Orçamento onde o deputado Wasny de Roure (PT), relator da área de
Segurança Pública, que atendendo a uma solicitação do Sinpol-DF, sugerirá o
remanejamento de recursos dentro do orçamento da PCDF para 2016 a fim de
possibilitar uma oportunidade de negociação salarial entre a categoria e o
Governo de Brasília. Os representantes foram instruídos a convocar os policiais
a acompanhar a sessão, a partir das 10h, a fim de convencer os deputados a
aprovar o relatório.
FONTE DAS INFORMAÇÕES: www.sinpoldf.com.br/