21
DE ABRIL: ANIVERSÁRIO DE BRASÍLIA E DA SUA POLÍCIA CIVIL
OBSERVAÇÃO:
(EU ESTOU PUBLICANDO, ESSA MATÉRIA, NESSA SEGUNDA-FEIRA, 24 DE ABRIL DE 2023,
PORQUE NÃO CONSEGUI CONCLUÍ-LA, NA SEXTA-FEIRA PASSADA).
FOTOS DO SITE DA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL (PCDF): www.pcdf.df.gov.br
Além de ser o dia de
José Joaquim da Silva Xavier, o “Tira Dentes”, nessa sexta-feira, (21/04) comemora-se também, os 63 anos de Brasília e
da sua Polícia Civil (PCDF) (FOTOS). Em
1808, o Príncipe Regente Dom João VI estava preocupado, com a segurança da
corte diante de uma possível disseminação das ideias liberais francesas. Ele
criou, o cargo de intendente-geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil. A
função era similar ao de Portugal, conforme estabelecido no Alvará de 10 de
maio, daquele ano.
O
cargo de primeiro Intendente-Geral de Polícia foi ocupado, pelo Desembargador
Paulo Fernandes Viana, Ouvidor-Geral do Crime e membro da ordem de Cristo. Ele
é considerado, o fundador da Polícia Civil no Brasil. Ao criar a
Intendência-Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil, o Príncipe
regente, em um só ato. A partir daí instituiu-se, a Polícia da Capital e a
Polícia do País. A criação da Intendência-Geral de Polícia é considerada, o
marco histórico da Polícia no Brasil. Ele é compartilhado, pela Polícia Civil
do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) e
pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O CHEFE DE POLÍCIA
Historicamente,
a instituição passou, por diversas transformações. Em 1830, o Código Criminal
do Império do Brasil estabeleceu, em cada município e província da Corte, o
cargo de Chefe de Polícia. A função era auxiliado, por delegados e
subdelegados. Em 1871 foi criado, o Inquérito Policial e instituído, como
requisito para o exercício do cargo de Chefe de Polícia, o "notável saber
jurídico". Com a Proclamação da República, em 1889, os serviços de polícia
passaram a ser regulamentados por leis estaduais. Em em 1902, o Presidente da
República, Rodrigues Alves reformou, o serviço policial da capital e
denominando-o, Polícia Civil do Distrito Federal.
A GEB
O
Presidente da República Eurico Gaspar Dutra, em 1946, instituiu 21 de abril
como dia das polícias Civis e militares e, como patrono da instituição, o
Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. No decorrer do governo
Vargas, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foi transformada, em
Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP). Ele no governo Juscelino
Kubitschek, com a mudança da Capital Federal transferiu, sua sede para Brasília
e incorporou servidores da Guarda Especial de Brasília (GEB).
Durante
o governo Castelo Branco, em 1964, o Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP)
foi reorganizado e acrescida, à sua estrutura, a Polícia Civil do Distrito
Federal (PCDF). Ele contava com a Divisão de Polícia Judiciária (DPJ). Em 1965,
foram promovidas alterações adicionais, em especial a implantação do Regime
Jurídico dos Policiais Civis da União e do Distrito Federal iniciando, a era
contemporânea da polícia Civil do Distrito Federal. O Regime jurídico definiu
21 de abril como dia do Funcionário Policial Civil.
Atualmente,
as polícias civis são dirigidas, por delegados de polícia de carreira e possuem,
a incumbência. Assim ressalvada, a competência da união, de exercer as funções
de polícia judiciária e a apuração de infrações penais. Exceto as militares,
conforme estabelecido na Constituição Federal.
O ESQUADRÃO DA MORTE E
O EXTERMÍNIO DE MÁRIO EUGÊNIO O GOGÓ DAS SETE
Era início da década de 1980, mais
precisamente começo do ano de 1984, quando surgiu, um Esquadrão da Morte de
Brasília, o “Esquadrão da Escopeta”. A máfia era composta, por alguns policiais
civis e militares do Pelotão de Investigações Criminais (PIC) do Exército. Essa
facção era chefiada, pelo diretor geral da Polícia Civil, o delegado Ary
Sardella e o coronel do próprio Exército e Secretário de Segurança Pública,
Lauro Rieth. A corja promoveu várias matanças, em Brasília e no seu entorno. O
seu alvo eram tanto os bandidos de início de carreia, que agiam nas periferia
do Planalto Central e do Entorno e também, o cidadão trabalhador.
Naquela época, o querido Mário Eugênio, o
Gogó das Sete de 31 anos de idade era jornalista do jornal Correio Braziliense
e da hoje extinta, Rádio Planalto AM 890 KHZ. Marão era o principal repórter
policial da cidade e líder em audiência. Ele descobriu essa facção, passou a
investigá-la e a denunciar, os seus crimes diariamente. Mário Eugênio, o Gogó
das Sete foi ameaçado de morte várias vezes, ele não deixou-se intimidar-se e
foi crivado de balas na porta da emissora. O extermínio covarde, cruel,
desumano, injusto do melhor, maior repórter policial da história do jornalismo
de Brasília e do Brasil manchou negativamente pra sempre, a Polícia Civil do
Distrito Federal (PCDF).
CASO THAÍS MUNIZ (MARCELO BAUER)
Um outro crime bárbaro e solucionado,
pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foi, o extermínio da Thaís Muniz
de 19 anos de idade e aluna da Universidade de Brasília (UNB). O crime aconteceu,
em julho de 1987, em um matagal e atrás dessa instituição de ensino superior. A
jovem terminou, um namoro sufocante com o também estudante da UNB, Marcelo
Bauer de 21 anos de idade e filho do coronel da Polícia Militar do Distrito
Federal (PMDF), Ernesto Bauer. Hiper ciumento,
o criminoso sufocou, a vítima que terminou, o namoro com esse playboyzinho e
arrumou outro rapidamente.
Revoltado, Marcelo Bauer atraiu Thaís
Muniz, para um matagal de um terreno baldio e atrás da UNB. O assassino
estuprou, espancou, matou e incendiou o corpo da vítima. Após essa barbárie, o
pai desse criminoso armou, uma fuga e o mando para fora do Brasil. Marcelo
Bauer perambulava, por vários países do mundo e fugia da Justiça brasileira.
Enquanto isso, o Ministério Público Federal (MPF), o julgou, a revelia (sem a
presença do réu). Na sexta-feira, 13 de julho de 2018, o Ministério Público
Federal (MPF) recebeu, a informação oficial de que Marcelo Bauer foi preso, na
Alemanha e foi executada, a pena de 14 anos de reclusão.
O
ex-namorado e assassino de Thaís Muniz ingressou no Centro Penitenciário de
Bayreuth, em 25 de abril de 2018. A sua de libertação esta prevista somente, em
24 de abril de 2032. Bauer foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito
Federal e dos Territórios (TJDFT), a 14 anos de prisão pelo homicídio
qualificado cometido em 1987 contra a ex-namorada Thaís Muniz Mendonça.
Com
a ajuda do pai, o coronel Rudi Ernesto Bauer, que atuava no Serviço de Inteligência
da Polícia Militar do DF, Marcelo Bauer fugiu do Brasil logo após cometer o
crime. A efetivação da prisão foi informada em reunião entre integrantes da
Secretaria de Cooperação Internacional (SCI/MPF) e da adidância policial alemã,
ainda naquela semana.
Por
ter cidadania alemã, Marcelo Bauer cumprirá a pena naquele país. Para o
secretário adjunto da SCI Carlos Bruno Ferreira, o desfecho do caso é
significativo: “É uma grande vitória da Justiça e da cooperação internacional
que, após mais de 31 anos do brutal homicídio de Thaís Mendonça, tenhamos
conseguido na Alemanha a execução da pena para o assassino. É uma demonstração
de que as distâncias físicas e de tempo não diminuem a persistência do
Ministério Público em buscar a aplicação da lei penal aos culpados",
comentou, completando que a SCI acompanha, o processo desde 2013.
ENTENTA O CASO
Marcelo Bauer foi condenado à revelia pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Território (TJDFT), em abril de 2012, a 18 anos de prisão. A sentença pelo sequestro, asfixia por substância tóxica e assassinato ; com 19 facadas e um tiro na cabeça da estudante, que tinha 19 anos. Após o julgamento de apelação criminal, a pena foi reduzida para 14 anos de reclusão.
A
prisão preventiva de Marcelo Bauer foi decretada em 1987, mas o então estudante
fugiu do Brasil, com o auxílio do pai, o coronel Rudi Ernesto Bauer, que
integrava o Serviço de Inteligência da Polícia Militar do Distrito Federal.
Bauer foi encontrado 13 anos depois do crime, em Aarhus, na Dinamarca. Ele
chegou a ser preso naquele país, em 2000, pela Polícia Internacional (INTERPOL).
Os tiras encontraram, Marcelo Bauer, com
passaportes falsos em nome de Sinval Davi Mendes.
O
Ministério da Justiça solicitou, a extradição de Bauer à Dinamarca. Mas ele
entrou com pedido de cidadania alemã e seguiu para aquele país. Desde 2002, o
condenado mora em Flensburg. O Brasil também pediu a extradição à Alemanha, que
foi negada em função da cidadania.
O PEDIDO DE PRISÃO
Em
2016, a Procuradoria-Geral da República (PGR), por meio da SCI, enviou à
Alemanha um reforço ao pedido de condenação de Marcelo Bauer. A solicitação
inicial foi feita em 2011, quando o Brasil enviou a cópia do processo e a
transmissão do caso para a Justiça alemã, diante da inviabilidade da extradição
de Bauer, que tem dupla nacionalidade. Foi solicitada a localização e a oitiva
de testemunhas, além de ter sido remetido o perfil do DNA da vítima. A partir
do pedido alemão, o juízo da Vara de Execuções Penais do DF autorizou a
transmissão do caso ao país europeu e solicitou, alternativamente, a
homologação da decisão condenatória.
O
pedido inicial alemão foi encaminhado pelo Departamento de Recuperação de
Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça à PGR, que
submeteu o caso ao Superior Tribunal de Justiça. A documentação foi encaminhada
à SCI em 2013, quando foi feita a tradução dos documentos para o alemão, e
transmitida ao país europeu. Desde então, houve constantes contatos entre as
autoridades dos dois países, que culminaram no início da execução da pena na
Alemanha.
A POLÍCIA CIVIL ATUAL E
A MINHA HOMENAGEM
Hoje,
sexta-feira, 21 de abril de 2023, como eu disse no início da matéria, dia de
José Joaquim da Silva Xavier, o “Tira Dentes”,
aniversários de Brasília e da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Eu quero parabenizar, aqui no HERON NOTÍCIAS, a Polícia Civil do Distrito
Federal (PCDF) e Brasília, pelos 63 anos
de história e desenvolvimento. Continue seu crescimento sendo exemplo para
outras cidades brasileiras e para o mundo.
Eu
não podia abrir, a edição do Plantão de Polícia, Heron Notícias de hoje, sem
prestar essa minha homenagem, a capital do Brasil e a sua Polícia Civil. Se
Deus quiser, que venham, mais outros inúmeros 63 anos de suas existências e de
combate ao submundo do crime. Parabéns Brasília e parabéns Polícia Civil do
Distrito Federal (PCDF)!
FONTE DAS INFORMAÇÕES: www.pcdf.df.gov.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário