POLÍCIA CIVIL PARTICIPA DE CAMPANHA NACIONAL DE COLETA DE DNA PARA
IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS DESAPARECIDAS EM BRASÍLIA
FOTO DO SITE DA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL (PCDF): www.pcdf.df.gov.br
A Polícia
Civil do Distrito Federal (PCDF) participa da Campanha Nacional de Coleta de
DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, aqui em Brasília (FOTO). O evento
foi promovido, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A coleta de amostras biológicas ocorrerá entre
os dias 26 e 30 de agosto de 2024, das 09 horas às 18 horas, no Instituto de
Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) da PCDF, localizado no Complexo da Polícia
Civil. O agendamento para a coleta será feito preferencialmente, pelas
delegacias de polícia e diretamente com o IPDNA. A campanha é parte da Política
Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas e instituída pela Lei nº 13.812, de
16 de março de 2019. Ela visa coletar, o material genético de familiares para
facilitar, a identificação de pessoas desaparecidas em todo o país.
A
campanha tem como meta promover, o convite aos familiares de pessoas
desaparecidas, para que ofereçam
amostras biológicas e a realização de exames de DNA. Para a coleta, os
familiares deverão trazer em mãos, os seus documentos de identificação. Os
eventuais documentos do ente desaparecido e o memorando de solicitação de
coleta entregue pelas Delegacias de Polícia. Ele deve constar, a Ocorrência
Policial de desaparecimento do respectivo ente.
As
amostras serão analisadas e os perfis genéticos obtidos serão inseridos, tanto
no Banco Distrital de Perfis Genéticos, quanto no Banco Nacional de Perfis
Genéticos. O objetivo é identificar, as pessoas desaparecidas sejam elas vivas
ou falecidas. O perfil genético do familiar, que doar a amostra será usado
unicamente, para fins de identificação do seu ente e que se encontra
desaparecido.
Para a coleta de amostras no IPDNA, os
familiares deverão trazer em mãos: os seus respectivos documentos de
identificação, eventuais documentos do ente desaparecido e o memorando de
solicitação de coleta. Ela será entregue, pelas Delegacias de Polícia e
constando, a Ocorrência Policial de desaparecimento do respectivo ente. Caso os
familiares tenham objetos de uso único e pessoal do ente desaparecido como, por
exemplo, escova de dentes e/ou material biológico como, por exemplo, dente e
cordão umbilical, recomendamos trazê-los ao IPDNA.
Para a
coleta, não é necessário jejum. Ela será realizada, a partir de células da
mucosa oral, por meio de um suabe (cotonete) e que é passado no interior da
bochecha. Eventualmente, a coleta poderá ser realizada, por meio de uma gota de
sangue do dedo da mão.
CASO DE SUCESSO
A
cooperação entre os Bancos de Perfis Genéticos do Distrito Federal e do Rio de
Janeiro. Ela resultou na identificação de uma vítima desaparecida durante, as
chuvas devastadoras que atingiram Petrópolis, região serrana do Estado do Rio
de Janeiro, em fevereiro de 2022. O desastre foi, a segunda maior tempestade na
história da cidade, causou 240 mortes e deixou, um rastro de destruição. Em
apenas 06 horas, a cidade recebeu, o volume de chuva esperado e para todo o mês. A tempestade resultou, em
775 deslizamentos de terra, ruas alagadas e rios transbordados. As áreas mais
afetadas foram Morro da Oficina e Chácara Flora, levando a prefeitura a
decretar estado de calamidade pública.
A
resposta à tragédia incluiu a mobilização dos Serviços de Medicina Legal,
Papiloscopia e Genética Forense da Secretaria de Polícia Civil do Rio de
Janeiro (SEPOL/RJ). O Instituto de Pesquisa e Perícia em Genética Forense
(IPPGF) coletou 100 amostras de referência de familiares de pessoas
desaparecidas. Ele processa, 44 dessas amostras e incluindo, os perfis
genéticos no Banco Estadual de Perfis Genéticos (BEPG/CODIS). Para as vítimas
fatais foram processadas e amostras de 21 Guias de Remoção de Cadáver (GRCs).
O
confronto inicial de perfis genéticos, pelo BEPG resultou na identificação de
sete vítimas fatais. Os perfis das vítimas não identificadas foram então
inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), coordenado pelo
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A partir desse cruzamento de
dados constatou-se, uma compatibilidade entre o perfil genético de uma das
vítimas, não identificadas e um perfil genético do Distrito Federal. O exame é
referente, a um homem cujo irmão desapareceu durante as chuvas em Petrópolis.
Esse
homem havia fornecido, a sua amostra biológica ao Instituto de Pesquisa de DNA
Forense (IPDNA) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A amostra foi
processada e o perfil genético foi inserido, tanto no Banco de Perfis Genéticos
do Distrito Federal quanto no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG).
Após
análises genéticas e estatísticas detalhadas, e por meio da colaboração entre
os laboratórios de DNA do DF (IPDNA/PCDF) e do RJ (IPPGF/SEPOL). Os peritos
confirmaram, a identificação do corpo encontrado em Petrópolis e como sendo do
irmão do doador do Distrito Federal. O laudo com esse resultado foi emitido em
fevereiro de 2024.
Esse caso
ilustra a importância da coleta de material genético de familiares de pessoas
desaparecidas e de corpos não identificados, do processamento desse material e
da realização de exames de DNA, bem como da inserção dos perfis genéticos nos
bancos de dados.
Além
disso, a colaboração pericial entre laboratórios de DNA, como os que integram a
Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) do Ministério da Justiça,
é crucial, especialmente em casos de desastres em massa.
FONTE DAS INFORMAÇÕES: www.pcdf.df.gov.br
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