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terça-feira, 27 de agosto de 2024

 

POLÍCIA CIVIL PARTICIPA DE CAMPANHA NACIONAL DE COLETA DE DNA PARA IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS DESAPARECIDAS EM BRASÍLIA 


FOTO DO SITE DA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL (PCDF): www.pcdf.df.gov.br

 

   A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) participa da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, aqui em Brasília (FOTO). O evento foi promovido, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).  A coleta de amostras biológicas ocorrerá entre os dias 26 e 30 de agosto de 2024, das 09 horas às 18 horas, no Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) da PCDF, localizado no Complexo da Polícia Civil. O agendamento para a coleta será feito preferencialmente, pelas delegacias de polícia e diretamente com o IPDNA. A campanha é parte da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas e instituída pela Lei nº 13.812, de 16 de março de 2019. Ela visa coletar, o material genético de familiares para facilitar, a identificação de pessoas desaparecidas em todo o país.

A campanha tem como meta promover, o convite aos familiares de pessoas desaparecidas,  para que ofereçam amostras biológicas e a realização de exames de DNA. Para a coleta, os familiares deverão trazer em mãos, os seus documentos de identificação. Os eventuais documentos do ente desaparecido e o memorando de solicitação de coleta entregue pelas Delegacias de Polícia. Ele deve constar, a Ocorrência Policial de desaparecimento do respectivo ente.

As amostras serão analisadas e os perfis genéticos obtidos serão inseridos, tanto no Banco Distrital de Perfis Genéticos, quanto no Banco Nacional de Perfis Genéticos. O objetivo é identificar, as pessoas desaparecidas sejam elas vivas ou falecidas. O perfil genético do familiar, que doar a amostra será usado unicamente, para fins de identificação do seu ente e que se encontra desaparecido.

        Para a coleta de amostras no IPDNA, os familiares deverão trazer em mãos: os seus respectivos documentos de identificação, eventuais documentos do ente desaparecido e o memorando de solicitação de coleta. Ela será entregue, pelas Delegacias de Polícia e constando, a Ocorrência Policial de desaparecimento do respectivo ente. Caso os familiares tenham objetos de uso único e pessoal do ente desaparecido como, por exemplo, escova de dentes e/ou material biológico como, por exemplo, dente e cordão umbilical, recomendamos trazê-los ao IPDNA.

Para a coleta, não é necessário jejum. Ela será realizada, a partir de células da mucosa oral, por meio de um suabe (cotonete) e que é passado no interior da bochecha. Eventualmente, a coleta poderá ser realizada, por meio de uma gota de sangue do dedo da mão.

CASO DE SUCESSO

A cooperação entre os Bancos de Perfis Genéticos do Distrito Federal e do Rio de Janeiro. Ela resultou na identificação de uma vítima desaparecida durante, as chuvas devastadoras que atingiram Petrópolis, região serrana do Estado do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2022. O desastre foi, a segunda maior tempestade na história da cidade, causou 240 mortes e deixou, um rastro de destruição. Em apenas 06 horas, a cidade recebeu, o volume de chuva esperado  e para todo o mês. A tempestade resultou, em 775 deslizamentos de terra, ruas alagadas e rios transbordados. As áreas mais afetadas foram Morro da Oficina e Chácara Flora, levando a prefeitura a decretar estado de calamidade pública.

A resposta à tragédia incluiu a mobilização dos Serviços de Medicina Legal, Papiloscopia e Genética Forense da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro (SEPOL/RJ). O Instituto de Pesquisa e Perícia em Genética Forense (IPPGF) coletou 100 amostras de referência de familiares de pessoas desaparecidas. Ele processa, 44 dessas amostras e incluindo, os perfis genéticos no Banco Estadual de Perfis Genéticos (BEPG/CODIS). Para as vítimas fatais foram processadas e amostras de 21 Guias de Remoção de Cadáver (GRCs).

O confronto inicial de perfis genéticos, pelo BEPG resultou na identificação de sete vítimas fatais. Os perfis das vítimas não identificadas foram então inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A partir desse cruzamento de dados constatou-se, uma compatibilidade entre o perfil genético de uma das vítimas, não identificadas e um perfil genético do Distrito Federal. O exame é referente, a um homem cujo irmão desapareceu durante as chuvas em Petrópolis.

Esse homem havia fornecido, a sua amostra biológica ao Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A amostra foi processada e o perfil genético foi inserido, tanto no Banco de Perfis Genéticos do Distrito Federal quanto no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG).

Após análises genéticas e estatísticas detalhadas, e por meio da colaboração entre os laboratórios de DNA do DF (IPDNA/PCDF) e do RJ (IPPGF/SEPOL). Os peritos confirmaram, a identificação do corpo encontrado em Petrópolis e como sendo do irmão do doador do Distrito Federal. O laudo com esse resultado foi emitido em fevereiro de 2024.

Esse caso ilustra a importância da coleta de material genético de familiares de pessoas desaparecidas e de corpos não identificados, do processamento desse material e da realização de exames de DNA, bem como da inserção dos perfis genéticos nos bancos de dados.

Além disso, a colaboração pericial entre laboratórios de DNA, como os que integram a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) do Ministério da Justiça, é crucial, especialmente em casos de desastres em massa.

  FONTE DAS INFORMAÇÕES: www.pcdf.df.gov.br

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