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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

 


SAUDOSO E INESQUECÍVEL O GOGÓ DAS SETE








FOTOS DO MEU ARQUIVO JORNALÍSTICO PESSOAL


   Hoje, sexta-feira, (11/11) completa-se e Brasília lamentavelmente recorda, os 38 anos do extermínio do repórter policial, Mário Eugênio Rafael de Oliveira 31 anos de idade (FOTOS). Marão era funcionário do jornal Correio Braziliense e da hoje extinta, Rádio Planalto AM, 890khz. Como nós já sabemos, ele foi fuzilado na porta da emissora, no Setor de Rádio e TV Sul no Centro de Brasília. A barbárie aconteceu, às 23 horas e 50 minutos do domingo, 11 de novembro de 1.984, após Marão ter gravado, o seu programa, Gogó das Sete. Naquela época, o Brasil anunciou, as suas Diretas Já, que eram um protesto popular e alforria contra, os 30 anos de uma Ditatura Militar, “Anos de Chumbo”. Ali imperava-se, uma censura rigorosíssima, uma verdadeira lei da amordaça.  

     Mário Eugênio, o principal repórter policial do Distrito Federal era um líder de audiência. Ele dominava, a cidade das 07 até às 08 horas da manhã, de segunda à sábado, nas ondas da Planalto AM com o seu programa e apelido, Gogó das Sete. O jornalista com a sua franqueza total conquistou, o amor e o ódio da população brasiliense. Essa contradição vinha principalmente, por parte da bandidagem, da polícia e da Secretaria de Segurança Pública. Mas o Gogó era decisivo, sério, atrevido, não tinha medo de nada e nem de ninguém.

 

MARCADO PARA MORRER


      Era 29 de abril de 1983, quando Mário Eugênio denunciou, o envolvimento do delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Roberto Barroso, em homossexualismo. A resposta do policial foi rápida, decisiva e rasteira. Furioso Roberto Barroso fuzilou, a traseira do carro do repórter, um Monza Hatch branco, rebaixado e de placas BB 7777 do Distrito Federal. Início de 1984, Marão descobriu, um Esquadrão da Morte ou “Esquadrão da Escopeta” dentro da Polícia Civil.

     A máfia era chefiada, pelo coronel do Exército e secretário de Segurança Pública de Brasília, Lauro Rieth. Ele era inimigo mortal do repórter e o perseguiu até o fim da sua vida. Mário Eugênio passou, o ano de 1984 denunciando, os crimes do Esquadrão da Morte, no Correio Braziliense e na Rádio Planalto AM. A corja de policiais bandidos, sem escrúpulos armou, uma emboscada e o fuzilaram na porta da emissora impiedosamente.

 

AS HOMENAGENS AO GOGÓ DAS SETE


      Desde a época de sua morte, o repórter policial da Rádio Planalto AM e do Correio Braziliense vem inspirando alguns artistas de Brasília. O Gogó das Sete vem sendo tema, pauta de reportagens, cordel, poesia, música e livro bibliográfico. Sem dúvidas, eu faço parte desse grupo de pessoas que prestam tributos carinhosos e verdadeiros ao Marão. Eu já escrevi, a sua biografia e ela foi o meu trabalho de conclusão de curso de Comunicação Social, “Jornalismo”, na Universidade Católica de Brasília, no 1º Semestre de 2009.

      O livro Mário Eugênio, O Gogó das Sete é campeão de vendas, ele encontra-se na sua 2ª Edição e sucesso total, por onde ele passa aqui em Brasília. Essa minha obra já esteve presente, na Semana de Pentecostes, Feira do Livro e Bienal daqui do Distrito Federal. Mário Eugênio, O Gogó das Sete também, já marcou a sua presença, na Papelaria Risk da Avenida Comercial Norte de Taguatinga, Livraria Leitura do Taguatinga Shopping e Livraria Cultura do Park Shopping no Guará.

A MINHA ADMIRAÇÃO

        Eu nunca escondi de ninguém, a minha imensa admiração ao saudoso, querido e inesquecível, Mário Eugênio, O Gogó das Sete. Quem me conhece e tem amizade comigo sabe muito bem dessa pura verdade. Quando aqui em Brasília, ainda existia, a nossa querida e amada Rádio Planalto AM 890 khz, eu sempre ia lá. Todos os anos, eu também ia visitar, o seu túmulo aqui no cemitério, Campo da Esperança na Avenida Asa Sul, no Centro de Brasília. Mas hoje, devido a minha dificuldade de locomoção motora ter piorado ficou, quase impossível, eu visitar, o seu jazigo. Mesmo assim, sempre que posso, eu peço missas em intenção de sua alma,  na minha igreja, na Paróquia São Pedro de Taguatinga Sul.                      

       Hoje é sexta-feira, 11 de novembro, dia em que lamentavelmente recorda-se, os 38 anos do seu extermínio desumano, estúpido e covarde. Eu jamais poderia fechar, a edição do Plantão de Polícia, Heron Notícias de hoje, sem prestar e registrar aqui, essa homenagem ao querido e amado, Mário Eugênio, o Gogó das Sete. Apesar de um fato antigo, a sua morte também é um episódio atual, uma prova de que aqui no Brasil é crime com pena de morte ser honesto e falar, a verdade.

 Se o Marão fosse um canalha, ele estaria vivo até hoje, sendo idolatrado chamado de mito, pelo povo, como muitos, por aí na sociedade hipócrita e sem escrúpulos.  Meu querido, caro e fiel leitor do Plantão de Polícia, Heron Notícias, eu vou terminar essa matéria, te dizendo que, o toque do meu celular é o Mário Eugênio dizendo, o seu bordão no rádio. Ficou show de bola e eu amei.

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