POLÍCIA FEDERAL INVESTIGA
MÉDICOS POR COBRANÇAS DE PARTOS PELO SUS
A
Polícia Federal (PF) deflagrou hoje, (06/03), em Itaqui no Rio Grande do Sul
(RS), a operação Falso Juramento. Ela investiga a cobrança indevida de partos
integralmente cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Policiais federais
cumpriram dois mandados de prisão preventiva. Durante as investigações, foram
identificadas dezenas de mulheres que relataram cobrança pela realização de
parto cesárea por dois médicos obstetras e um anestesista, no Hospital São
Patrício, em Itaqui. O hospital apresentou documentação de que todo o
procedimento foi custeado pelo SUS. As pacientes, com receio de entrar em
trabalho de parto, solicitavam diretamente aos médicos uma cesárea, que a
realizavam mediante o pagamento de valores que variavam entre R$ 400 e 1,8 mil
(FOTO).
Esses
valores eram integralmente embolsados pelos médicos, pois a internação era
realizada pelo SUS. Quem não conseguia obter o dinheiro ficava aguardando o
nascimento natural. Há relatos de mulheres que já estavam em trabalho de parto
há vários dias, mas os médicos negavam a cesárea se não houvesse o pagamento.
Foram identificados casos de seqüelas em bebês por terem passado da data do
parto e até mesmo o óbito de um recém-nascido. Há provas de cobrança indevida
há pelo menos 13 anos, o que pode ter rendido mais de R$ 1,6 milhão aos dois
médicos nesse período. Também eram cobrados outros procedimentos cobertos pelo
SUS, como cauterização, aplicação de injeção e cirurgias.
Os
dois médicos presos foram encaminhados à Penitenciária Modulada de Uruguaiana e
responderão por crimes de corrupção, estelionato e realização de esterilização
cirúrgica ilegal. Também foram indiciados uma funcionária de um dos médicos e o
anestesista. Mais informações na Comunicação Social da Delegacia de Polícia
Federal em Uruguaiana, pelo telefone: (55) 3414.90-00.
FONTE DAS
INFORMAÇÕES: www. pf.com.br
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