MÁFIA ESPECIALIZADA EM FURTAR AIRBAGS DE VEÍCULO DE ALTO PADRÃO ESTÁ NO XILINDRÓ “PRA FICAR ESPERTA”
Na manhã
dessa quinta-feira, (22/10), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por
intermédio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (CORPATRI /PCDF)
deflagrou, a Operação Último Suspiro. A missão foi executada, pelo efetivo de cerca de 150 policiais civis, que cumpriram:
a 22 mandados judiciais, sendo 05 prisões preventivas, 01 prisão temporária e
16 mandados de busca e apreensão (MBAs). A operação teve por objetivo
desbaratar uma organização criminosa (FOTO) altamente especializada em furtos
de airbags de veículos de alto padrão. Os equipamentos eram destinados a lojas
de revenda de autopeças localizadas no setor H Norte, em Taguatinga.
Segundo a PCDF, “o fenômeno de furto
de airbags é novo. Há notícia do seu início em meados de 2018 na Europa e EUA.
Criminosos do DF aparentemente perceberam esse lucrativo nicho e adotaram o
método. Trabalho de inteligência da CORPATRI levantou, entre início de 2019 até
a presente data, cerca de 130 ocorrências dessa espécie de crime no DF”. Os
canas quentes contaram, “a partir do mapeamento de ocorrências, os agentes
iniciaram um incessante trabalho investigativo que durou quase um ano. Dezenas
de perícias foram feitas, mas nenhuma foi capaz de apontar os autores. Somente
com o monitoramento dos receptadores (lojistas do setor de autopeças) que foi
possível desvendar quem seriam os responsáveis por tantos furtos”.
Os tiras esclareceram, “dada o
perigoso risco de deflagração das bolsas dos airbags durante a extração, a
habilidade dos criminosos era espantosa. O modus operandi era sempre o mesmo:
usando carros roubados clonados, estacionavam ao lado dos veículos escolhidos
para serem furtados”. Eles disseram, “enquanto um dos ladrões ficava ao
volante, o outro, pela janela traseira, quebrava o vidro do carro da vítima e
adentrava por ela, sem sequer abrir a porta”. Os policiais explicaram, “depois,
já do lado de dentro, rapidamente efetuava a desconexão das bolsas dos airbags
e retornava pela janela ao seu veículo, empreendendo fuga, tudo isso em poucos
minutos de ação. Essa dinâmica se dava mesmo durante o dia e em estacionamentos
movimentados. Eram tão habilidosos que ninguém percebia”.
A Polícia Civil do Distrito Federal
(PCDF) apontou, “além disso, os criminosos eram tão experientes que buscavam
espalhar os furtos em diversas regiões do DF, evitando repetir locais em
espaços curtos de tempo. O registro fragmentado desses furtos em Delegacias
diferentes, camuflava, o fenômeno, que aparentava tratar-se de casos isolados”.
Os investigadores disseram, “apenas com o árduo levantamento de dados feito
pela CORPATRI e a comparação do modus operandi que foi possível ter, o real
dimensionamento dos danos causados à sociedade do DF. Durante as investigações,
os policiais acompanharam, o registro de cerca de 79 furtos”.
Os investigados possuíam dezenas de
passagens criminais, por furtos em interior de veículo, alguns deles atuando,
nessa área há mais de uma década. Nesse sentido, a cada prisão, aprendiam com
seus erros, tornando-se profissionais quase incapturáveis.
LOJITAS COMPARSAS
Os policiais revelaram, “com
as informações levantadas, foi possível estabelecer o vínculo entre os lojistas
do setor H Norte de Taguatinga e os criminosos, ficando claro que a destinação
dada aos airbags era o mercado paralelo”. Para eles, “embora seja expressamente
vedada por lei, a comercialização de airbags usados, inúmeras lojas oferecem, o
produto. Enquanto na concessionária a troca desse item sai por R$ 10.000,00, na
“robauto” do setor H Norte, se encontra o mesmo airbag, por R$ 1.500,00 a R$
2.000,00”.
Os agentes disseram, “a investigação
atestou a existência de uma verdadeira indústria da pilhagem. Criminosos furtam
os objetos que depois são colocados à venda em lojas sob um verniz de
legalidade, enganando a população”. Eles acreditam que, “nesse contexto, dois
lojistas (maiores receptadores) foram presos preventivamente, outras 13 lojas
sofreram buscas e apreensão”. Para os investigadores, “essa é a primeira grande
operação no Brasil sobre o tema. Com a luz jogada sobre esse fenômeno, com
certeza, as Polícias Judiciárias nos demais estados da federação, também
notarão” essa nova modalidade de crime”.
Registre-se que a Polícia Civil, NÃO É, a responsável pela fiscalização dessas lojas. Pela legislação, é o DETRAN que tem essa atribuição. Desde o ano passado, a partir da “Operação Rota da Seda”, quando se revelou o absoluto descontrole do setor de revenda de autopeças, que a PCDF tem buscado firmar acordo de cooperação técnica, que permitiria à Polícia Civil interditar as lojas ilegais. A investigação foi capaz de imputar, aos envolvidos dezenas de furtos qualificados. Além disso, os marginais responderão por: organização criminosa, receptação, lavagem de dinheiro e adulteração de sinal identificador dos carros usados, para seu transporte.
O somatório das penas pode alcançar
patamar acima de 30 anos de reclusão. Tem-se a expectativa que essa tenha sido
a última atuação desse grupo. Espera-se, por final, que a operação tenha efeito
pedagógico sobre os demais. Vender airbags no DF não vale mais o risco. Quem
insistir vai acabar na cadeia e perder todos os valores auferidos com a prática
ilegal.
Segundo o artigo 155 da Lei nº 2.848
de 07 de Dezembro de 1940 do Código Penal Brasileiro, ”Subtrair, para si ou
para outrem, coisa alheia móvel (furtar) é crime e a pena é de 01 a 04 anos de
cadeia e multa”. Já o artigo 180 do Código Penal Brasileiro diz:
“adquirir, receber, transportar,
conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto
de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte.
Receptação é crime e a pena de reclusão é de 01 a 04 anos de prisão e multa”.
Diante disso tudo que foi dito, eu só tenho, uma pergunta básica, a fazer, para você meu
caro leitor:
_ “Desde quando, bandido assume, o que faz” ?
A verdade é que o Crime Organizado, em si é uma praga,
que há mais de 40 anos infelizmente instalou-se, no seio da sociedade
brasileira e difícil de ser destruído, mas não impossível. Basta, as
autoridades, principalmente as do Congresso Nacional fazerem, leis mais duras,
rigorosas e sem brechas, para passar, a mão na cabeça de criminoso nenhum e não
poupar máfia nenhuma. Passou da hora dos bandidos do Brasil, de uma forma
geral, ou seja “marginais pés de chinelo ou do colarinho branco, de terno e
gravada sentirem, o “peso das mãos da Lei e da Justiça”. Isso, é, se é que
existe Justiça de verdade no Brasil. Xilindró pesado e rigoroso, para essa
cambada, todo mundo em cana, pra ficarem esperto. O
Crime Organizado em si é uma praga, no seio da Sociedade brasileira e tem que
ser liquidado, de uma vez, por todas.
FONTE DAS INFORMAÇÕES: www.pcdf.df.gov.br
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