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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

TRIBUTO AO RICARDO NORONHA: CÊNCER DE MEDÚLA MATOU O JORNALISTA COVARDEMENTE


   É com um imenso pesar e tristeza, que eu abro a edição do Plantão de Polícia, Heron Notícias, nessa segunda-feira, (12/10) comunicando, a sociedade e prestando, um tributo ao jornalista pioneiro de Brasília e meu amigo pessoal, Ricardo Noronha (FOTOS).  Às 19h40minun da última, sexta-feira, (09/10), ele no auge dos seus 64 anos foi vencido, por um câncer na sua mieloma ósseo e que o matou covardemente. Há oito anos, o comunicador tocantinesse vivia combatendo, a doença tentando destruí-la, não conseguiu e lamentavelmente veio, a falecer.  


     Flamenguista de coração fervoroso, o comunicador chegou, a ficar internado em um hospital de Brasília há mais de um mês, mas a família decidiu dar continuidade ao tratamento na casa dele, onde morreu. Ricardo Noronha deixa, a mulher, cinco filhos e netos. “Esse ano o câncer evoluiu muito rápido. Ele fez todos os tratamento possíveis, mas, infelizmente, não tinha cura. Ele sempre foi discreto quanto a isso, não queria que as pessoas soubessem”, contou o genro Rodrigo Albuquerque, 33 anos. Além de atuar no jornalismo, Ricardo chegou a exercer o cargo de deputado federal pelo MDB na legislatura de 1999 e 2003. Ele era suplente e atuou, do dia 23 de fevereiro de 1999 a 14 de fevereiro de 2000. “Era uma pessoa maravilhosa, que fez mais pelo outros do que por ele, brigou por todo mundo. Era uma pessoa que acreditava, ia lá e fazia”, acrescentou Rodrigo.

          Particularmente, eu era seu ouvinte desde criança, no início da década de 80, no Programa Duas Horas de Amor, pelas ondas dos 890 khz da saudosa Rádio Planalto AM, em outras emissora de rádio e telespectador na TV Brasília Canal 06.  Mas a nossa amizade nasceu, em novembro de 2004, no túmulo do também jornalista saudoso, Mário Eugênio, o Gogó das Sete da Rádio Planalto AM. Ricardo Noronha era morador de Taguatinga Norte e eu da Sul, na época, ele e a dona Rita Noronha, a sua esposa me deram, uma carona até ao Cemitério de Taguatinga, onde visitei, o túmulo da minha avó falecida, em fevereiro daquele ano.  

          A partir desse dia, entre nós nasceu, uma verdadeira amizade, ele sempre me convidava, pra participar dos seus programas nas rádios: JKFM, Globo AM e Planalto AM. Sempre que podia, eu comparecia a todos eles, o Ricardo Noronha fazia, a festa tirando sarro da minha cara, quando o Flamengo dele vencia, o meu Vasco e eu devolvia na mesma moeda, quando era ao contrário. Ele sorria, o Dinho ajudante dele que também é vascaíno entrava na onda e o pandemônio estava formado. Em  2011 ou 2012, mais ou menos, se não, me falha a memória, o Ricardo Noronha era diretor da Rádio Planalto AM. No dia 07 de setembro daquele ano, o jornalista fez, o aniversário da emissora, em uma churrascaria, com a presença de vários cantores, entre eles, o Ângelo Máximo e o Sérgio Reis.

          Por último, em 2018, o Ricardo Noronha me convidou, pra cobrir polícia pro seu site, o SOS BRASÍLIA, as que eu fazia eram publicadas no portal dele e no meu blog, o Plantão de Polícia, Heron Notícias (www.plantaodepoliciaheronnoticias.blogspot.com). A parceira foi interrompida, depois que o meu agora saudoso amigo, me informou sobre a gravidade da sua doença, ele me disse que seria retornada, assim que o mesmo ficasse curado, o que infelizmente e lamentavelmente, não aconteceu.

          Em rede social, o vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos) prestou homenagem. “Que acontecimento triste o falecimento do nosso comunicador Ricardo Noronha. Símbolo do jornalismo brasiliense, sempre atento às demandas da cidade. Que Deus conforte os corações de amigos e familiares. Sinto muito por esta grande perda”, publicou.

          Em nota, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também lamentou o falecimento. “O Distrito Federal fica mais pobre hoje com a morte do jornalista e ex-deputado federal Ricardo Noronha. Comunicador querido por todas as classes sociais, foi presente na televisão, rádio e ultimamente nas redes sociais, com um jeito único de informar e entreter, o que lhe rendeu uma legião de amigos e fãs”, declarou o chefe do Executivo local.  “Sua morte interrompe uma carreira repleta de êxitos. Que Deus conforte seus familiares nesta hora de dor, mas faço votos que as lembranças alegres que ele espalhou pela vida permaneçam vivas na memória de todos”, finalizou Ibaneis.

      Ricardo Noronha foi velado e sepultado, no último sábado, 10 de outubro de 2020, na Ala dos Pioneiros do cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul do Centro de Brasília. A viúva, dona Rita e toda família Noronha, os meus sinceros, verdadeiros pêsames e ao meu amigo Ricardo, a minha dolorosa homenagem e que ele descanse em paz, lá no céu. Como diz, o poeta, cantor e compositor, da Música Popular Brasileira (MPB), o grande Milton Nascimento:

    _ “Amigo é coisa, pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração. Seja, o que quiser, venha o que vier, qualquer dia, eu volto a te encontrar, qualquer amigo, a gente vai se encontrar”...   

     “Meu amigo Ricardo Noronha, onde você estiver, que Deus o abençoe, por favor receba, essa minha humilde, verdadeira homenagem e  descanse em paz”...

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