COMANDO
VERMELHO AGE COM CELULAR NOS XILINDRÓS DE BRASÍLIA E DO BRASIL “IMPUNEMENTE”
FOTOS DO SITE DA POLÍCIA CIVIL FEDERAL (PCDF): www.pcdf.df.gov.br
Nessa sexta-feira, (22/10), a
Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), sob coordenação investigativa da
DECRIN e apoio operacional da CORPATRI, CORD, Polícia Civil do Mato Grosso e da
Penitenciária de Mata Grande, Rondonópolis/MT, desencadearam a Operação Dr.
Blefe. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços de alvos
localizados em Rondonópolis/MT, inclusive na Penitenciaria de Mata Grande. O objetivo
foi demolir, uma filial do Comando Vermelho (FOTOS), que vem agindo
impunimente, desde 2018 até hoje, nos xilindrós da Papuda de Brasília e de
outros presídios do Brasil (FOTOS). A máfia carioca cometeu mais de cem crimes,
entre estelionatos contra idosos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e
participação. A facção é uma comparsa de outras máfias, que agem do mesmo jeito
em todo Brasil.
Durante as buscas, foram apreendidos vários celulares, chips,
anotações contendo, a contabilidade da organização criminosa. Assim eram os
números de telefones de diversos hospitais do país inteiro, com ramais das
UTI´s, áreas de COVID e quartos, e também contas bancárias “laranjas”. Elas
eram utilizadas, para depósitos dos valores obtidos com o crime. Ademais foram
encontrados, vários cadernos com instruções de vários golpes, dados por
telefone e pelos internos dos presídios. Inclusive um roteiro orientando, para
o golpe do falso médico. Uma verdadeira e literal escola de crimes (FOTO).
Com as provas obtidas durante as buscas foi possível prender
em flagrante três integrantes da organização criminosa, inclusive um interno,
que operava de dentro do presídio de Mata Grande e outro ex-companheiro de cela.
O marginal estava no regime semi-aberto e com monitoramento eletrônico. A
organização conta com outros integrantes, que estão foragidos e está em plena
atividade. O Comando Vermelho já cometeu, dois golpes consumados e vários
tentados, no dia anterior da operação. O crime organizado fez várias vítimas,
em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Há fortes indícios que os criminosos sejam, também integrantes
do Comando Vermelho. A conduta criminosa visava a familiares de vítimas
hospitalizadas em estado grave e, em sua maioria, pessoas idosas. Elas têm a
finalidade de auferirem vantagens econômicas indevidas e em plena pandemia de
COVID-19.
O golpe consistia, em obter dados de pacientes internados em
diversos hospitais de Brasília/DF e, em seguida, mediante contato telefônico
nos quartos dos pacientes em estado grave. Os mafiosos passavam-se, por médicos
com alta especialização e eles induziam, as vítimas em erro. Os marginais as convenciam,
a efetuarem depósitos, em contas bancárias de terceiros e aduzindo urgente
necessidade de exames. O Comando Vermelho tinha procedimentos médicos, a serem
realizados e por tratar-se de caso de risco de morte.
Leigos nos conhecimentos técnicos da medicina, isolados em
razão da pandemia de COVID-19, os familiares das vítimas, desesperados,
transferiam quantias em dinheiro aos mafiosos. Essa vitimas do Comando Vermelho
chegaram, até fazerem empréstimos bancários e visavam salvar, o seu ente
querido.
Posteriormente, tais indivíduos, de posse dos dados pessoais
das vítimas, habilitam linhas telefônicas em nome delas e utilizam tais
telefones. O objetivo dos mafiosos era dar continuidade nas ações criminosas, a
fim de dificultar, a investigação e elucidação de tais crimes. O Comando
Vermelho tinha, como sede, a cidade de Rondonópolis e era chefiado, por um
interno do presídio de Mata Grande. A máfia contava, com integrantes fora do
presídio, para realizar saques e habilitar chips, para novos golpes.
Os crimes visam a vítimas de todo país, especialmente, Minas
Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. No
DF, por exemplo, estão sendo apuradas mais de 20 ocorrências policiais de
crimes tentados e dois consumados. Inclusive, durante a investigação, a PCDF
conseguiu evitar a consumação de dois crimes, entrando em contato imediato com
as vítimas.
A operação Dr. Blefe foi coordenada, pela DECRIN e contou com
mais de 22 policiais da PCDF e da PCMT, apoio operacional, equipamentos
investigativos, e uma ação interestadual. Se condenados, os investigados podem
responder por dezenas de crimes de estelionato, falsidade ideológica, lavagem
de dinheiro e participação de organização criminosa. Se somadas, as penas podem
variar entre 20 e mais de 50 anos, somadas todas as condenações.
Há ainda pessoas que foram vítimas desse golpe e não
registraram. Por isso, é importante comparecer a delegacia de polícia mais
próxima para efetuar o registro, a fim de que esses crimes também possam ser
elucidados.
O artigo 171 do Código Penal Brasileiro
diz: “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer
outro meio fraudulento: Estelionato é crime, a pena de reclusão é de 01 a 05
anos de cadeia e multa”. A verdade é que nem no xilindró da Papuda, esse
maldito, velho Comando Vermelho deixa de infernizar Brasília e o Brasil.
Eu só tenho, uma pergunta a fazer, a você
meu caro leitor:
_
“Desde quando, bandido assume, o que faz” ?
A
verdade é que o Crime Organizado, em si é uma praga, que há mais de 40 anos
infelizmente instalou-se, no seio da sociedade brasileira e difícil de ser destruído,
mas não impossível.
FONTE DAS INFORMAÇÕES: www.pcdf.df.gov.br