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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

 COMANDO VERMELHO AGE COM CELULAR NOS XILINDRÓS DE BRASÍLIA E DO BRASIL “IMPUNEMENTE”



FOTOS DO SITE DA POLÍCIA CIVIL FEDERAL (PCDF): www.pcdf.df.gov.br

   Nessa sexta-feira, (22/10), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), sob coordenação investigativa da DECRIN e apoio operacional da CORPATRI, CORD, Polícia Civil do Mato Grosso e da Penitenciária de Mata Grande, Rondonópolis/MT, desencadearam a Operação Dr. Blefe. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços de alvos localizados em Rondonópolis/MT, inclusive na Penitenciaria de Mata Grande. O objetivo foi demolir, uma filial do Comando Vermelho (FOTOS), que vem agindo impunimente, desde 2018 até hoje, nos xilindrós da Papuda de Brasília e de outros presídios do Brasil (FOTOS). A máfia carioca cometeu mais de cem crimes, entre estelionatos contra idosos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e participação. A facção é uma comparsa de outras máfias, que agem do mesmo jeito em todo Brasil.

       Durante as buscas, foram apreendidos vários celulares, chips, anotações contendo, a contabilidade da organização criminosa. Assim eram os números de telefones de diversos hospitais do país inteiro, com ramais das UTI´s, áreas de COVID e quartos, e também contas bancárias “laranjas”. Elas eram utilizadas, para depósitos dos valores obtidos com o crime. Ademais foram encontrados, vários cadernos com instruções de vários golpes, dados por telefone e pelos internos dos presídios. Inclusive um roteiro orientando, para o golpe do falso médico. Uma verdadeira e literal escola de crimes (FOTO).

       Com as provas obtidas durante as buscas foi possível prender em flagrante três integrantes da organização criminosa, inclusive um interno, que operava de dentro do presídio de Mata Grande e outro ex-companheiro de cela. O marginal estava no regime semi-aberto e com monitoramento eletrônico. A organização conta com outros integrantes, que estão foragidos e está em plena atividade. O Comando Vermelho já cometeu, dois golpes consumados e vários tentados, no dia anterior da operação. O crime organizado fez várias vítimas, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

       Há fortes indícios que os criminosos sejam, também integrantes do Comando Vermelho. A conduta criminosa visava a familiares de vítimas hospitalizadas em estado grave e, em sua maioria, pessoas idosas. Elas têm a finalidade de auferirem vantagens econômicas indevidas e em plena pandemia de COVID-19.

      O golpe consistia, em obter dados de pacientes internados em diversos hospitais de Brasília/DF e, em seguida, mediante contato telefônico nos quartos dos pacientes em estado grave. Os mafiosos passavam-se, por médicos com alta especialização e eles induziam, as vítimas em erro. Os marginais as convenciam, a efetuarem depósitos, em contas bancárias de terceiros e aduzindo urgente necessidade de exames. O Comando Vermelho tinha procedimentos médicos, a serem realizados e por tratar-se de caso de risco de morte.

       Leigos nos conhecimentos técnicos da medicina, isolados em razão da pandemia de COVID-19, os familiares das vítimas, desesperados, transferiam quantias em dinheiro aos mafiosos. Essa vitimas do Comando Vermelho chegaram, até fazerem empréstimos bancários e visavam salvar, o seu ente querido.

       Posteriormente, tais indivíduos, de posse dos dados pessoais das vítimas, habilitam linhas telefônicas em nome delas e utilizam tais telefones. O objetivo dos mafiosos era dar continuidade nas ações criminosas, a fim de dificultar, a investigação e elucidação de tais crimes. O Comando Vermelho tinha, como sede, a cidade de Rondonópolis e era chefiado, por um interno do presídio de Mata Grande. A máfia contava, com integrantes fora do presídio, para realizar saques e habilitar chips, para novos golpes.

       Os crimes visam a vítimas de todo país, especialmente, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. No DF, por exemplo, estão sendo apuradas mais de 20 ocorrências policiais de crimes tentados e dois consumados. Inclusive, durante a investigação, a PCDF conseguiu evitar a consumação de dois crimes, entrando em contato imediato com as vítimas.

       A operação Dr. Blefe foi coordenada, pela DECRIN e contou com mais de 22 policiais da PCDF e da PCMT, apoio operacional, equipamentos investigativos, e uma ação interestadual. Se condenados, os investigados podem responder por dezenas de crimes de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e participação de organização criminosa. Se somadas, as penas podem variar entre 20 e mais de 50 anos, somadas todas as condenações.

       Há ainda pessoas que foram vítimas desse golpe e não registraram. Por isso, é importante comparecer a delegacia de polícia mais próxima para efetuar o registro, a fim de que esses crimes também possam ser elucidados.

       O artigo 171 do Código Penal Brasileiro diz: “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Estelionato é crime, a pena de reclusão é de 01 a 05 anos de cadeia e multa”. A verdade é que nem no xilindró da Papuda, esse maldito, velho Comando Vermelho deixa de infernizar Brasília e o Brasil.

      Eu só tenho, uma pergunta a fazer, a você meu caro leitor:

_ “Desde quando, bandido assume, o que faz” ?

A verdade é que o Crime Organizado, em si é uma praga, que há mais de 40 anos infelizmente instalou-se, no seio da sociedade brasileira e difícil de ser destruído, mas não impossível. 

        FONTE DAS INFORMAÇÕES: www.pcdf.df.gov.br

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