HÁ
37 ANOS A “POLÍCIA” DE BRASÍLIA CALOU O GOGÓ DAS SETE A BALA
COVARDEMENTE
E IMPIEDOSAMENTE
FOTOS DO MEU ARQUIVO JORNALÍSTICO PESSOAL
Há 37
anos, o Correio Braziliense e a hoje extinta, Rádio Planalto AM, 890khz
acordaram Brasília, com uma bomba jornalística, que fez até o céu da cidade
chorar intensamente. O jornal e a emissora publicaram, no início da manhã,
daquela segunda-feira, 12 de novembro de 1.984. A manchete principal do dia dizia,
que o jornalista “repórter policial”, Mário Eugênio foi crivado de balas
(FOTOS). O crime aconteceu, na noite dia anterior, às 23 horas e 50 minutos do
domingo, 11 de novembro de 1.984. Marão havia acabado de gravar, o seu programa
matinal, o Gogó das Sete e que foi ao ar, na manhã do dia seguinte ao crime, a
segunda-feira, 12 de novembro de 1984. Marão era amado, pela periferia, mas odiado,
pelo Secretário de Segurança Pública, o coronel do Exército, Lauro Rieth, o
delegado, diretor geral, Ary Sardella e os seus comparsas.
Hoje, quinta-feira, 11 de novembro de
2021, 37 anos após a sua morte, Mário Eugênio, o Gogó das Sete permanece vivo,
na memória daqueles, que o admiravam. Uma das suas ouvintes assídua e fã é a
professora da Secretaria da Educação do Distrito Federal (SEDF), Cristiane
Nunes, 51 anos. Moradora pioneira da QSD 41 de Taguatinga Sul, a mestre
recorda, o seu ídolo, com muito amor e carinho. “Eu sou fã e lembro com nostalgia,
muito gostosa, por sinal, de eu acordar, pra ir pra escola ouvindo, a Rádio
Planalto e o noticiário policial, o Gogó das Sete”. A mestre continuou, o seu
relato sobe o jornalista. “Ele denunciava, os crimes cometidos, por policiais corruptos, isso resultou, em uma maneira muito
particular e ousada do repórter relatar, os acontecimentos criminais”.
Cristiane Nunes concluiu, o seu relato
sob o Gogó das Sete. “Esse foi sem dúvidas, um período muito rico do rádio, na
década de 80, em Brasília. Saudades eternas de coisas, de uma época muito
especial que gosto de lembrar”. O locutor sertanejo de Brasília, Juarez Vieira também
relatou, para o Justiceiro Destemido (eu), a sua convivência com saudoso Marão.
“Hoje é um dia triste Heron, você sabe disso. Você que é um fã admirador do nosso
saudoso e repórter policial, Mário Eugênio”. O comunicador das madrugadas e dos
passarinhos, me contou, a sua estreia aqui no rádio de Brasília. “Eu iniciava
no rádio, já há uns dois anos, que eu estava na Rádio Planalto, quando o Mário
Eugênio foi assassinado”.
Juarez Vieira continuou, o seu relato sob
o Gogó das Sete. “O Mário Eugênio era, um repórter do Correio Braziliense e
apresentava, o seu programa, o Gogó das Sete na Rádio Planalto, todos os dias,
pela manhã”. O locutor me relatou, as características do seu saudoso,
companheiro de trabalho. “Mário Eugênio era: um repórter corajoso, destemido e
que buscava, a notícia no fundo da verdade. Ele ia lá no fundo mesmo e como
ele, muito bem dizia: _ “A notícia é do tamanho da verdade”. Ele usava esse
chavão no programa dele”.
Juarez Vieira deu prosseguimento na sua
descrição do inesquecível e extraordinário colega. “Eu tive pouca convivência com
o Mário Eugênio. Ele era um repórter destemido, corajoso, ele não deixo substituto
e todo mundo sabe disso”. O locutor dos passarinhos continuou, a prosa e disse
mais. “Mário Eugênio, quando apresentava, o seu programa na Rádio Planalto era,
uma unanimidade no rádio. Por onde você passava, nas ruas só se ouvia, o som da
Rádio Planalto era o programa do Mário Eugênio”.
Juarez
Vieira reviveu para o Justiceiro Destemido, a dor e o trauma, que o extermínio
do Gogó das Sete gerou na sociedade. “A morte do Mário Eugênio foi, uma comoção
total e infelizmente, numa época muito difícil. Esse crime demorou, muito tempo
pra ser solucionado e felizmente, ele foi esclarecido”. Juarez Vieira colocou
impiedosamente, o seu dedo na ferida dos assassinos do Marão e desabafou. “Os
seus culpados pagaram, pelo crime que cometeram, se é que nós podemos dizermos,
que eles pagaram, pelo crime praticado”.
Juarez Vieira relatou, as consequências trágicas, que o extermínio do Gogó das Sete gerou, na sociedade de Brasília. “Foi um crime terrível, triste, até hoje, nós da comunicação e do rádio lamentamos profundamente, esse episódio”. O locutor dos passarinhos mandou, o seu recado, ao público do Gogó das Sete. “Eu quero deixar aqui, nesse dia do aniversário da morte do Mário Eugênio, os meus sentimentos, aos fãs e em primeiro lugar, a família dele. Mesmo depois de 37 anos de sua morte, que se faz hoje”.
Juarez Vieira registro aqui, a sua opinião
a respeito, de uma futura construção do memorial do Mário Eugênio, no Setor de
Rádio e TV Sul de Brasília. “Você Heron Luiz, que é uma pessoa, que vem acompanhando
tudo isso e há muito me falava, da possibilidade de se construir, um memorial em
memória do Mário Eugênio. Eu sou totalmente, a favor da construção, para o
Mário Eugênio, porque ele deixou, uma marca no rádio e principalmente, na área
policial, em Brasília”.
Juarez Vieira, o locutor dos passarinhos concluiu.
“A você Heron Luiz, esse repórter que vem fazendo, o seu trabalho, eu
parabenizo e deixo, o meu abraço. Eu estou no rádio exatamente há 37 anos, eu
iniciei, a minha carreira ainda, em 1984 e estou nele, até hoje”. Juarez Vieira
citou, as emissoras, por onde passou durante, a sua trajetória. “Eu passei pela
Rádio Jornal de Luziânia, pela Planalto e também tive, uma curta atuação na 105
FM. Lá foram uns 90 dias, depois voltei pra Planalto e fique por muitos anos”.
Fred Mayer, um outro ícone da saudosa
Rádio Planalto, que foi locutor e diretor da emissora, também lembrou do Marão.
“Hoje, 37 anos da morte de um dos maiores comunicadores, o jornais policial e
um craque da notícia, Mário Eugênio. Há 37 anos, o rádio de Brasília e do
Brasil perdia, um dos maiores jornalista da área policial”. Fred Mayer, o
eterno Rota 890 de Brasília prosseguiu,
com o seu discurso e elogiando, o inesquecível, Gogó das Sete. “Um cara
que só falava, a verdade e por isso morreu”.
Fred Mayer, o eterno Rota 890 relatou, a
sua experiência na reportagem policial, para o seu amigo Justiceiro Destemido
aqui. “Heron Luiz, eu trabalhei quase 10 anos na Rádio Planalto, até 2010 e
fazendo programa, pela manhã”. Fredão continuou relatando, o sucesso que fez
nas manhãs de Brasília e a sua luta contra o crime. “Dentro do meu programa
tinha um programa chamado, Rota 890 e eu fazia junto, com o Fábio Santos. Ele
era diferente tinha, um pouco de humor, mas a gente sempre lembrava do Mário
Eugênio”. Fredão descreveu, o stilo característico do Gogó das Sete divulgar,
os fatos. “A notícia que ele sempre trazia, no seu programa, Gogó das Sete, na
Rádio Planalto tinha, uma audiência fantástica”.
Fred Mayer permaneceu apontando e
valorizado, o prestígio do Mário Eugênio perante, a população de Brasília. “Era
impressionante, a audiência que o Mário tinha, em Brasília”. Fredrão aprovou, a
ideia da construção do monumento, em homenagem ao Gogó das Sete. “Eu acho
válido, esse memorial sim. Porque não ter, um busto dele lá, no Setor de Rádio
e TV Sul” ? Fred Mayer frisou bem, “o Mário representa, o rádio e
que ainda é o meio de comunicação, mais importante”.
Fred Mayer comentou, um ponto
importantíssimo sobre, o querido, saudoso e inesquecível, Gogó das Sete. “Falar
do Mário Eugênio, hoje, muitos têm mais fama do que ele, eles têm a televisão,
que abrange e a internet”. O eterno Rota 890 foi bem franco e objetivo, em
afirmar. “Mas fazer, o que o Mário fez, naquela época tendo, quase 100% de
audiência, onde parava Brasília, o ônibus e em casa. Era diferenciado, um
jornalismo verdadeiro e pesado”.
Fred Mayer, o eterno Rota 890, ainda teve
muito mais, pra falar, a respeito da lenda do jornalismo policial de Brasília,
Mário Eugênio. “Nós sabemos, que ele foi assassinado covardemente, no Setor de
Rádio e Televisão Sul e nos deixou, uma grande saudade”. Fred Mayer citou também,
alguns sucessores do Gogó das Sete. “Depois vieram outros apresentadores, como
o nosso querido, Roberto Cavalcanti, o Perdigueiro, eu fazendo, a área policial
também e nós temos aí, o Fred Linhares fazendo, a área policial na Rádio
Atividade”.
Fred Mayer, o eterno Rota 890 prosseguiu.
“Mas assim, nada igual ao Mário Eugênio, ele foi um ícone. O Gogó das Sete
está, a cima de todos, ele vai continuar, na memória e na saudade”. Fred Mayer concluiu,
“eu acho memorável e justo, que se faça essa homenagem. Que se tenha, um
memorial em homenagem, a ele, um busto dele. Se não for no Setor de Rádio e TV
Sul, o lugar onde ele trabalhou, tantos anos e
morreu, talvez seja, em outro lugar. Uma praça em Brasília, uma praça com
o nome dele, eu não sei. Eu acho justo, que se faça, uma homenagem, a esse
radialista que brilhou tanto, em Brasília”. Atualmente, Fred Mayer encontra-se nas
ondas da Rádio Supra FM, 90,09, das 06 às 08 da manhã.
A jornalista de Brasília, Quézia Queiroz
também recordou, o Mário Eugênio e deu a sua opinião, sob o Gogó das Sete. “Eu
tive o prazer de colaborar, com o livro do Heron Luiz e com quem eu estudei na
Universidade Católica de Brasília (UCB)”. A comunicadora fez questão de citar, o meu livro e a
importância dele, para a atual sociedade de Brasília. “O Gogó das Sete é fruto
de uma pesquisa detalhada, documentada da vida do Mário Eugênio e em forma de
livro”. Quézia Queiroz fez, um balanço e recordou, em seu depoimento, os 37
anos do extermínio covarde do Marão. “Hoje é uma data muito importante, para
nós e para o jornalismo investigativo”. A repórter concluiu, “E que bom saber,
que a sua história está bem redigida e eternizada”.
Há muito, a minha admiração, carinho,
respeito, pelo Mário Eugênio e pelo seu trabalho, não é surpresa, pra ninguém
que me conhece. Desde criança, eu sempre fui fã do Gogó das Sete e sonhava
futuramente trabalhar, com ele aqui em Brasília. Mas a maldita máfia policial
do Planalto Central fuzilou, o Marão e de certa forma destruiu, o meu sonho.
Mas eu me vinguei impiedosamente, quando eu escrevi e publiquei, a biografia do
Gogó das Sete. Um trabalho único, eterno, verdadeiro, que conta a história de
uma polícia sem escrúpulos, desonesta e assassina. Para mim é sempre uma honra,
um prazer prestar homenagem, ao Mário Eugênio, o Gogó das Sete. Eu o faço, com
muito amor e carinho, de um verdadeiro e eterno fã. O jornalista Mário Eugênio Rafael de Oliveira está sepultado, no túmulo 288, do Setor A, da Quadra 318 do Cemitério Campo da Esperaça, na Asa Sul do Centro de Brasília.
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