GEACRI CONTRA O CRIME DE RACISMO EM GOIÂNIA
FOTOS DO SITE DA POLÍCIA CIVIL DO GOIÁS (PCGO):
A Polícia
Civil do Goiás (PCGO) inaugurou (FOTOS), nessa segunda-feira, (16/08), o Grupo
Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de
Intolerância (GEACRI) (FOTOS). O Geacri funcionará em local contíguo à Escola
Superior da Polícia Civil (ESPC), no Jardim Bela Vista, em Goiânia. A
instituição tem atribuição investigatória estadual, ela passará a investigar,
os crimes de racismo, injúria racial, intolerância religiosa, crimes de caráter
homofóbico e outros praticados, contra os grupos de vulneráveis.
A inauguração do Geacri contou com a presença do governador
Ronaldo Caiado. “A Segurança Pública de Goiás dá mais um passo e atinge, um
universo maior de pessoas que não podem ser constrangidas ou agredidas de
acordo com sua opção religiosa, cor e orientação sexual”, afirmou o governador.
Em formato Delegacia Escola, o grupo vai ainda capacitar
policiais que atuarão na unidade, assim como servidores de demais delegacias,
uma iniciativa inédita no Brasil. O Estado de Goiás está entre os dez primeiros
do país a contar com uma unidade especializada nestes tipos de crime. Com isso,
a Polícia Civil de Goiás espera dar respostas, a condutas. Elas até pouco
tempo, não eram consideradas criminosas e que, por vezes, não recebiam a devida
atenção das autoridades. Ambas reforçam nos servidores, os conceitos de
empatia, tolerância e o foco no reconhecimento das diferenças.
O grupo especializado deve atuar não só no âmbito criminal,
mas também na conscientização da população. A equipe resgatará, a cidadania das
vítimas de racismo, discriminação e intolerância. Isso independente de ser: por
cor, etnia, religião, condição, orientação sexual ou identidade de gênero. O
Grupo conta com um delegado titular, três agentes, três escrivães e dois
servidores administrativos.
Durante o evento, o governador anunciou que encaminhará, ainda
nesta segunda-feira, projeto de lei à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego)
para criação da Delegacia Especializada para o Atendimento às Vítimas de Crimes
Raciais e Delitos de Intolerância.
Para o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney
Miranda, o Geacri representa uma nova política no Estado. “No século 21, a
gente ainda tem que se preocupar com crime de racismo, homofobia e outros, mas
é preciso a força da lei para que um segmento pequeno da sociedade entenda que
certos tratamentos são, além de humilhantes, criminosos”, afirmou.
A portaria 323/2021, que instituiu o Geacri, foi assinada, no
último dia 17 de julho, pelo Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado de
Goiás, Alexandre Pinto Lourenço. De acordo com o Delegado-Geral, o local
escolhido (ESPC) foi uma forma de intensificar o compromisso da Segurança
Pública de Goiás em promover uma formação com foco no reconhecimento das
diferenças. “[É para] cada policial que passe por um ato de reciclagem perceba
a importância do tema e a obrigação de se colocar diante dele como um defensor
de direitos humanos. Essa é obrigação da Polícia Civil do Estado de Goiás, e
hoje ela deixa isso muito mais claro do que já havia deixado na medida em que
interagia em cada violência que lhe era comunicada”, pontuou Alexandre
Lourenço.
O Geacri será chefiado, pelo delegado Joaquim Adorno. “O mote
é fazermos um atendimento integral. A ideia original é você deixar de ser um
simples sujeito que respeita os direitos humanos para ser um promotor de
direitos humanos”, explicou. Ainda conforme Joaquim Adorno, o foco será amparar
as vítimas. “Não é só combater o crime, mas acolher as pessoas. E para que se
sintam acolhidas, há necessidade de que se vejam legitimadas, representadas
nesse espaço”, salientou o delegado.
OS
MOVIMENTOS SOCIAIS
Ao lado de lideranças de movimentos sociais, com o Movimento
Negro, a coordenadora estadual do Coletivo Mães pela Diversidade, professora
Ângela Café, demonstrou otimismo na resolução dos crimes de intolerância a
partir da atuação do Geacri. “Minha expectativa é que realmente agora nós
tenhamos um espaço para prestar depoimento de que sofremos violência, e que o
agressor seja investigado e punido. Tenho muita confiança no trabalho desse
grupo”.
Também presente no evento, a primeira vereadora negra eleita
na cidade de Goiás, Elenízia da Mata. Beth Fernandes, presidente da Associação
de Travestis, Transexuais e Transgêneros de Goiás (Astral) e do Conselho
Municipal da Mulher de Goiânia, também comemorou a iniciativa.
Estiveram presentes à solenidade também, a secretária
municipal de Direitos Humanos de Goiânia, Cristina Lopes representando, o prefeito
de Goiânia, Rogério Cruz. A promotora de Justiça Tamara Andréia representando,
o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), o defensor público Bruno Malta.
Ele representou, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), o conselheiro
e advogado Carlos André, representando a Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás
(OAB-GO). Participou também, o comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar
do Estado de Goiás, coronel Esmeraldino Jacinto de Lemos e o diretor-geral de
Administração Penitenciária, tenente-coronel Franz Rasmussen, entre outras
autoridades.
FONTE DAS INFORMAÇÕES: www.policiacivil.go.gov.br
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